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Projeto Gorutuba enfrenta grande perda de água devido a danos nos canais
Prefeita de Nova Porteirinha solicita R$ 142 milhões ao Governo Federal para recuperação do perímetro irrigado no Norte de Minas
O Projeto de Irrigação do Gorutuba, localizado entre os municípios de Janaúba e Nova Porteirinha, no Norte de Minas Gerais, está enfrentando sérios problemas estruturais em seu canal principal e tubulações devido à ação do tempo. Esse desgaste tem provocado o desperdício diário de aproximadamente 70 mil litros de água por conta de vazamentos. Consequentemente, cerca de 30% da área irrigada está paralisada, causando prejuízos significativos à produção de frutas e à economia local.
Pedido de recursos e situação atual
A prefeita de Nova Porteirinha, Elbe Brandão, levou a questão ao ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, solicitando a liberação de cerca de R$ 142 milhões para obras de reparo no perímetro irrigado, que atende atualmente 260 produtores. O projeto, implantado com recursos públicos, utiliza água captada na Barragem do Bico da Pedra e tem como objetivo promover a agricultura em larga escala na região, que historicamente sofre com a seca.
Detalhes da revitalização
O plano de revitalização, elaborado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), prevê a implantação de 86,22 quilômetros de tubulação nova e a recuperação de 14 quilômetros do canal principal. Atualmente, o Projeto Gorutuba abrange uma área irrigada de 3.100 hectares, com destaque para a produção de banana (64%), mogno (14%), pastagem (11%), manga (5%), uva (3%) e outras culturas (3%), de acordo com o Distrito de Irrigação do Gorutuba (DIG).
Impactos econômicos e ambientais
Segundo a prefeita Elbe Brandão, “Quando falamos numa perda de quase 70 mil litros de água por dia, estamos nos referindo quase a um crime ambiental. Acrescido a isso, temos um levantamento que aponta que 30% do projeto Gorutuba está parado. Isso significa mais de 1 mil hectares sem produzir alimentos, sem gerar renda, sem gerar trabalho para as pessoas. Isso é absolutamente complexo, pois impacta todos os outros setores da economia local.”
Problemas estruturais e consequências
De acordo com o gerente executivo do DIG, Adalberto Santos Paixão, os principais problemas nos canais incluem trincas, rachaduras, corrosão da armadura e desgaste do concreto. Essas falhas reduzem a disponibilidade de água para as plantações e causam danos nas estradas do projeto, dificultando o transporte e o escoamento da produção.
Perfil dos produtores e prejuízos na produção
O Projeto Gorutuba, implantado em 1979, conta com irrigantes que são agricultores familiares (50%) e médios produtores (50%), com áreas de plantio entre 20 e 50 hectares. A prefeita destacou que a perda de água e os danos na infraestrutura resultaram na diminuição da área plantada durante a estação de irrigação. Estima-se que deixaram de ser cultivados 900 hectares de banana, 400 hectares de uva, 200 hectares de mamão e outros 200 hectares de limão.