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Preço do café pode diminuir nos próximos meses, mas sem relação com tarifas dos EUA
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Preço do café pode diminuir nos próximos meses, mas sem relação com tarifas dos EUA

Especialistas explicam que queda no preço do café está ligada a fatores climáticos e safra recorde, enquanto impacto das tarifas de Trump é limitado para o mercado brasileiro

Por Admin

14/07/2025 10:30 · Publicado há 4 horas
Categoria: Economia

O preço do café, que tem atingido níveis elevados e registrado a maior inflação da história do Plano Real, pode apresentar queda nos próximos meses, conforme informado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). No entanto, essa redução não estaria associada às sobretaxas de 50% que os Estados Unidos passarão a aplicar a partir de 1º de agosto aos produtos brasileiros.

Inflação e dinâmica dos preços

Segundo dados do IBGE, nos últimos 12 meses encerrados em junho, o preço do café moído teve alta de 77,88%, enquanto carnes registraram aumento de 23,63% e suco de frutas 7,95%. A expectativa é de que a safra do próximo ano seja recorde, possibilitando a recomposição dos estoques em países produtores e consumidores, o que deve resultar em preços menores nas prateleiras brasileiras a partir de outubro e novembro.

Fatores que influenciam o preço do café

Pavel Cardoso, presidente da Abic, destaca que a alta recente do café decorre de quatro anos consecutivos de descasamento entre oferta e demanda, agravados por questões climáticas e pela especulação de fundos de investimento que operam contratos futuros. O Brasil é o maior produtor mundial e exporta cerca de 65% da produção, sendo os Estados Unidos responsáveis por 16% dessas exportações, embora a Europa compre 53%.

Impacto das tarifas dos EUA e destinos alternativos

Embora os Estados Unidos sejam um grande comprador de café brasileiro, a sobretaxa pode modificar o consumo americano, que historicamente prefere o café após o episódio do "Boston Tea Party" em 1773. Caso a sobretaxa seja mantida, o excedente da produção brasileira pode ser direcionado para o mercado asiático, especialmente para a China, que possui um mercado crescente de cafeterias.

Mercado de carnes e suco de laranja

O mercado de carnes no Brasil não depende majoritariamente dos Estados Unidos, de acordo com a Abiec e a ABPA. Cerca de 30% da carne bovina, 25% da suína e 65% da de aves são exportadas, mas os EUA são destino de apenas 12% da carne vermelha exportada, com a China sendo o maior comprador, responsável por 44%. Para suínos, os EUA estão em 12º lugar e não importam frango brasileiro devido à concorrência interna.

Já o setor de suco de laranja, que exporta 95% da produção, tem os EUA como maior mercado individual (42% das exportações), seguido pela Europa (52%). A sobretaxa pode tornar inviável a venda para os EUA, e embora mercados asiáticos estejam crescendo, eles ainda não absorvem completamente o excedente.

Perspectivas econômicas e comerciais

Economistas apontam que a taxa de sobretaxa imposta pelos EUA representa um desafio, mas também uma oportunidade para o Brasil buscar novas parcerias comerciais e ampliar a orientação para o mercado interno, o que pode ser positivo estruturalmente. Entretanto, há preocupações quanto à volatilidade cambial e impacto na economia brasileira.

Ladislau Dowbor, professor de Economia da PUC-SP, sugere que o redirecionamento da produção para o mercado interno pode ajudar a reduzir preços e combater a fome e a insegurança alimentar no país, visto que o Brasil produz grande quantidade de grãos por pessoa.

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