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Estoque elevado do feijão e retração nas compras pressionam preços da leguminosa
Indicador do Cepea e CNA aponta queda nos preços do feijão nas principais regiões produtoras do Brasil devido à maior oferta e menor demanda
O mercado do feijão está enfrentando pressão devido à intensificação da colheita nas principais regiões produtoras do país, combinada com a retração nas compras por parte dos empacotadores. Esses dados fazem parte do Indicador de Preços do Feijão, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na última semana de junho e início de julho.
Situação nas regiões produtoras
Segundo a análise, o aumento da oferta no campo e a concentração das vendas para renovação de estoques têm gerado desvalorização tanto nos feijões comerciais quanto nos lotes de melhor padrão. O indicador acompanha a média dos preços do feijão preto e carioca nas regiões do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e oeste da Bahia.
Em Minas Gerais e Goiás, o avanço da colheita do feijão carioca ocorreu em um momento de demanda mais retraída no mercado. No Paraná, principal produtor de feijão preto, a área da segunda safra já foi quase totalmente colhida, com produção estimada em 526,6 mil toneladas, volume 23% inferior ao da safra anterior.
Queda nos preços do feijão carioca
Entre os feijões nota 9, considerados de melhor qualidade, as cotações caíram entre 7,8% e 12% na última semana nas praças de Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Goiás registrou as maiores quedas, com preços nos menores patamares do ano. Em Minas Gerais e São Paulo, apesar do recuo recente, ainda há ganhos acumulados em 2025.
Nos feijões comerciais (notas 8 e 8,5), a combinação de estoques remanescentes e chegada de novos lotes continua pressionando os preços nas principais regiões produtoras. Nos estados do Paraná e São Paulo, a média semanal caiu cerca de 3,7%. Em Curitiba (PR), a queda foi ainda mais acentuada, de 12,23%, reduzindo o valor da saca de R$175,53 para R$154,07.
No Triângulo Mineiro, o recuo foi mais moderado, de 3,2%, com a saca cotada a R$167,50. Já na região Noroeste de Minas, a cotação subiu 4,67%, e no nordeste do Rio Grande do Sul houve avanço de 5,0%, sustentados pela procura por produtos da safra nova.
Mercado do feijão preto
No mercado do feijão preto tipo 1, as negociações seguem lentas. Apesar do fim da colheita no Sul, o volume disponível permanece elevado, impedindo reajustes nas cotações. Em Curitiba, o preço da saca recuou 1,2%, para R$140,47, enquanto na metade Sul do Paraná a saca foi negociada a R$131,15, queda de 2%. No oeste catarinense, os preços permanecem estáveis, em torno de R$134,25 por saca.