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Tarifaço de Trump: é prematuro para o Brasil celebrar
Governo manifesta preocupação com os impactos das novas tarifas sobre a economia brasileira e o cenário internacional.
"Quem cantar vitória agora ainda não entendeu o jogo." Esta foi a reação de um interlocutor graduado do governo diante da sobretaxa anunciada pelos Estados Unidos, que revela a apreensão em relação às repercussões globais da política protecionista de Donald Trump. Apesar de o Brasil ter sido um dos países com as menores tarifas adicionais sobre produtos vendidos no mercado americano, a visão oficial é que focar apenas nos 10% a serem aplicados é um "erro".
Impactos no Comércio Internacional
Com as cadeias produtivas interligadas mundialmente, as consequências das tarifas podem variar, trazendo perdas e ganhos em diferentes setores do comércio internacional. Especialistas da área econômica enfatizam que "é hora de fazer contas e entender os impactos em diferentes segmentos". Internamente, o governo considera que, embora tenha havido algum avanço diplomático em meio ao tumulto causado por Trump, a verdadeira batalha comercial está apenas começando.
Expectativas e Diálogo
Na próxima semana, técnicos brasileiros planejam se reunir virtualmente com a equipe do presidente americano para uma nova rodada de negociações. A abertura desses canais de diálogo é vista como um aspecto positivo. O presidente Lula comentou a possibilidade de retaliações através da adoção de tarifas equivalentes, mas o caminho preferido continua a ser o da negociação. Um graduado interlocutor ressaltou que, agora, com as informações concretas em mãos, as negociações poderão avançar de maneira mais substancial.
Repercussões Econômicas
No mercado financeiro, analistas buscam identificar oportunidades para as exportações brasileiras e avaliar os impactos positivos no câmbio e na inflação, além das implicações para o crescimento econômico global. Um relatório da consultoria MB Associados destaca que o tarifaço poderá resultar em uma perda média de US$ 3,8 mil no poder de compra dos americanos, com a possibilidade de uma queda do PIB americano de até 1,3% até 2026. Considerando que os Estados Unidos representam cerca de 25% do comércio internacional, qualquer desaceleração na economia americana terá efeitos em outras nações.
Setor Agropecuário
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) iniciou uma análise detalhada para determinar a exposição de produtos brasileiros ao mercado americano. Os Estados Unidos são o terceiro maior destino das exportações do agronegócio brasileiro, e o levantamento indica que produtos como suco de laranja, açúcar e etanol podem perder competitividade devido às novas tarifas, impactando a receita dos produtores. Contudo, os especialistas alertam que ainda é cedo para avaliar perdas ou ganhos para o Brasil, uma vez que as alterações tarifárias influenciarão todos os países, incluindo grandes exportadores agrícolas.
A CNA ainda defende que qualquer retaliação deve ocorrer apenas após o esgotamento das opções diplomáticas.