O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu, nesta quinta-feira (3), a presidência temporária do Mercosul durante a cúpula semestral realizada no Palácio San Martín, em Buenos Aires. O encontro contou com a participação de representantes dos países membros: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

Homenagem a líderes sul-americanos

Em seu discurso, Lula homenageou figuras de grande relevância para a região, recentemente falecidas: o papa Francisco e o ex-presidente uruguaio José "Pepe" Mujica. O presidente brasileiro destacou: "Desde a última cúpula em Montevidéu, perdemos duas grandes referências do Cone Sul, o presidente Pepe Mujica e o papa Francisco". O pontífice argentino faleceu em 21 de abril, enquanto o líder uruguaio morreu em 13 de maio. Lula ressaltou: "Tenho orgulho de vir do mesmo quadrante de Terra que esses dois seres humanos excepcionais".

Defesa do Mercosul e das tarifas

Ao receber o comando do bloco das mãos do presidente argentino Javier Milei, Lula enfatizou o papel do Mercosul como uma "casa segura" em um contexto global considerado "instável e ameaçador". O presidente brasileiro defendeu a manutenção de tarifas e políticas que fortaleçam a integração regional, contrastando com a visão liberal defendida por Milei.

Expectativas para o futuro do bloco

Com a presidência temporária agora sob comando do Brasil, Lula afirmou o compromisso de continuar promovendo a cooperação entre os países sul-americanos, destacando a necessidade de proteger os interesses econômicos comuns diante dos desafios internacionais. O evento reforçou a importância do diálogo e da união entre as nações do Mercosul para enfrentar os próximos meses.