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Pastor é indiciado por homotransfobia contra Erika Hilton e comunidade LGBTQIA+
Investigação da Polícia Civil do DF conclui inquérito sobre declarações de pastor contra a deputada Erika Hilton e população LGBTQIA+
O pastor evangélico Flávio Amaral, que se identifica como “ex-travesti”, foi indiciado por crimes de injúria e homotransfobia devido a discursos realizados em palestras e redes sociais. Entre seus alvos estava a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), além de integrantes da população LGBTQIA+.
Contexto do caso
Durante seus discursos, Flávio Amaral afirmou que "ela não era incluída no Dia das Mulheres, pois mulher não se vira mulher, mulher se nasce mulher". Ele também sugeriu que seria possível "curar" pessoas LGBTQIA+ por meio da religião, além de chamá-las de "filhos da ira e da perdição", disseminando outros conteúdos considerados homotransfóbicos. Amaral, de 48 anos, é pastor do Ministério Liberto Por Deus e se apresenta como "missionário e pastor, liberto da homossexualidade".
Investigação policial
A investigação foi conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, da Polícia Civil do Distrito Federal. Ao final do inquérito, o caso foi encaminhado ao Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), que poderá apresentar denúncia à Justiça, solicitar novas investigações ou pedir o arquivamento do processo. Caso condenado por todas as acusações, o pastor pode pegar de 6 a 15 anos de prisão.
Outras denúncias e repercussão
Flávio Amaral também é investigado pelo Ministério Público após denúncias feitas por Erika Hilton e pela vereadora Amanda Paschoal (Psol), relacionadas ao suicídio de uma jovem trans da igreja, em setembro de 2023. A jovem, de 22 anos, passava por processos de “destransição” e "cura gay" promovidos pelo pastor. Após o ocorrido, Amaral publicou textos nas redes sociais associando a morte à homossexualidade e relatando que exigiu jejum da vítima após ela confessar paixão por um homem.
Defesa
Em depoimento, Flávio Amaral afirmou que seus comentários eram "questões pessoais" e declarou defender a liberdade de expressão e o respeito à diversidade.