O Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo IBGE, revelou que a proporção de brasileiros adultos com ensino superior completo atingiu 18,4%, um aumento significativo em comparação aos 6,8% registrados em 2000. Esse avanço é representativo, já que o número de pessoas formadas quase triplicou nas duas últimas décadas.

Dados do Censo

O estudo mostrou que, entre os 133,1 milhões de pessoas com 25 anos ou mais no país, cerca de 24,5 milhões completaram a graduação. Em 2010, esse número era de 11,3 milhões. Apesar do crescimento, ainda há uma preocupação com as desigualdades educacionais no Brasil, especialmente entre diferentes grupos demográficos e regiões.

Desigualdades no Ensino Superior

Segundo Bruno Perez, analista do IBGE, "é bastante evidente que houve uma expansão [do ensino superior], mas esse grupo ainda é minoritário". Ele ressaltou que, em 2022, a proporção de brancos com ensino superior era de 25,8%, comparado a 11,7% entre pretos e 12,3% entre pardos.

Desigualdade Regional

O Censo também destacou desigualdades regionais, com a maior taxa de graduados no Centro-Oeste (21,8%), seguido pelo Sudeste (21%) e Sul (20,2%). O Distrito Federal lidera com 37% da população de 25 anos ou mais com ensino superior.

Conclusão e Considerações Finais

Embora o aumento no número de graduados seja um sinal positivo, especialistas como André Salata alertam que "a fotografia ainda é muito ruim" em comparação com outros países de desenvolvimento similar. A melhoria dos indicadores educacionais, incluindo os programas de financiamento estudantil e a expansão da educação a distância, são fatores que contribuíram para esse crescimento, mas ainda há um longo caminho a percorrer para garantir a equidade no acesso ao ensino superior no Brasil.