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Setores afetados por tarifas pedem diplomacia e calculam prejuízos
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Setores afetados por tarifas pedem diplomacia e calculam prejuízos

Indústrias brasileiras de café, carnes, têxteis, plásticos e calçados reagem à tarifa de 50% anunciada pelos EUA e defendem diálogo diplomático para evitar impactos econômicos

Por Admin

10/07/2025 13:31 · Publicado há 9 horas
Categoria: Economia

O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira (9), de que produtos brasileiros terão uma tarifa de 50% a partir de agosto surpreendeu diversos setores da economia nacional. Representantes das indústrias de café, carnes, têxteis, plásticos e calçados defendem que a questão seja tratada por vias diplomáticas, evitando que o Brasil seja envolvido em tensões geopolíticas.

Contexto e Reação Inicial

Na carta em que anunciou a taxa, Trump citou o ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente é réu no Supremo Tribunal Federal em ação vinculada à trama golpista de 2022. José Augusto de Castro, presidente-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), afirmou que a tarifa não tem caráter econômico, mas político, destacando que "é certamente uma das maiores taxações a que um país já foi submetido na história do comércio internacional, só aplicada aos piores inimigos, o que nunca foi o caso do Brasil".

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também classificou a medida como política, alertando para os graves impactos ao setor industrial. A entidade pede a intensificação das negociações para "preservar a relação comercial histórica" e destaca a importância de uma "comunicação construtiva" entre os países.

Impacto nos Setores Industriais

José Ricardo Roriz, presidente do conselho da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), ressaltou que o Brasil perdeu a oportunidade de ficar fora de disputas comerciais e que a tarifa de 50% inviabiliza as exportações, especialmente de produtos com maior valor agregado. Marcos Matos, diretor-executivo do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), destacou que os EUA são o maior mercado consumidor de café no mundo, representando cerca de 30% das exportações brasileiras do produto, e enfatizou a importância econômica e social do café para os Estados Unidos.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) alertou que o aumento da tarifa prejudica o comércio internacional e o setor produtivo da carne bovina, lembrando que os EUA são o segundo maior comprador da proteína brasileira, com crescimento expressivo no volume exportado neste ano. A associação defende que questões geopolíticas não se transformem em barreiras ao abastecimento global e à segurança alimentar.

No setor têxtil, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Fernando Pimentel, disse que a tarifa de 50% pode inviabilizar o comércio com os EUA, principal destino de produtos de maior valor agregado, como moda praia. Já a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) considerou o anúncio como um "balde de água fria", destacando o impacto negativo no processo de recuperação do setor, que registra aumento nas exportações para os EUA.

Por outro lado, o setor químico, deficitário nas relações comerciais com os EUA, pode se beneficiar de uma eventual resposta brasileira. André Cordeiro, presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), espera negociações para normalizar a relação, apesar das dificuldades políticas.

O Instituto Aço-Brasil esclareceu que a tarifa já vigente de 50% desde abril não será acumulativa com a nova anunciada, mas teme que o conflito político prejudique negociações para acordos de cotas para o aço brasileiro no mercado americano, que representa cerca de 40% das exportações do setor.

Reações Políticas e Diplomáticas

A Frente Parlamentar do Agronegócio, uma das principais bancadas do Congresso, afirmou que o anúncio dos EUA é um alerta para o equilíbrio das relações comerciais e políticas entre Brasil e Estados Unidos, defendendo a diplomacia como caminho estratégico para retomar negociações. Também a Frente Parlamentar pelo Livre Comércio associou a tarifa a violações dentro do Brasil, como restrições à liberdade de expressão e segurança jurídica.

Essas reações evidenciam preocupações sobre os prejuízos econômicos e a necessidade de um diálogo diplomático para resolver as divergências comerciais sem prejudicar setores estratégicos da economia nacional e os consumidores americanos.

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