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Brasil pode ter inventado o futuro do dinheiro com o Pix, diz prêmio Nobel de Economia
Paul Krugman destaca o sistema brasileiro como pioneiro e compara com a legislação americana sobre moedas digitais
O economista americano Paul Krugman, prêmio Nobel de Economia em 2008 e professor da Universidade da Cidade de Nova York, publicou um artigo elogiando o sistema brasileiro de pagamentos Pix, sugerindo que o Brasil pode ter criado o futuro do dinheiro.
Críticas à legislação americana
Krugman critica a aprovação nos Estados Unidos do Genius Act, a primeira grande legislação americana sobre criptomoedas aprovada no governo de Donald Trump, que é defensor desses ativos. Segundo ele, essa lei "abre caminho para futuras fraudes e crises financeiras". Além disso, os EUA aprovaram uma lei que impede as autoridades de criarem uma moeda digital do banco central (CBDC), que é uma moeda digital com emissão centralizada pelo Banco Central, diferente das criptomoedas descentralizadas como o bitcoin.
Comparação entre Pix e sistemas americanos
O economista comenta que os parlamentares republicanos alegam preocupações com privacidade para barrar a criação da CBDC, mas na verdade temem que essa moeda digital do banco central substitua as contas correntes dos bancos privados. Ele questiona: "Mas e quanto à possibilidade de criar uma CBDC parcial? Poderíamos manter contas bancárias privadas, mas fornecer um sistema eficiente e público para fazer pagamentos a partir dessas contas?" E responde, "Sim, poderíamos. Sabemos disso porque o Brasil já o fez."
Inovação e adoção do Pix no Brasil
O Brasil lançou o Pix em 2020, um sistema de pagamento digital administrado pelo Banco Central, que hoje é usado por 93% dos adultos brasileiros. Krugman destaca que o Pix é uma versão pública do sistema americano Zelle, mas muito mais fácil de usar e amplamente adotado, substituindo rapidamente dinheiro em espécie e cartões.
Ele enaltece o Pix por ser quase instantâneo e ter custos de transação baixos, afirmando que o sistema brasileiro conseguiu "o que os defensores de criptomoedas alegaram, falsamente, ser capaz de se alcançar por meio do blockchain — baixos custos de transação e inclusão financeira."
Desafios e futuro das moedas digitais nos EUA
Krugman ressalta que apenas 2% dos americanos usaram criptomoedas para pagamentos em 2024, enquanto o Pix é amplamente utilizado no Brasil. Ele também observa que o uso do Pix não cria incentivos para crimes como sequestros para obter chaves criptográficas.
Por fim, ele afirma que a indústria financeira americana é poderosa demais para permitir a criação de uma moeda digital do banco central nos EUA e que os republicanos preferem uma tecnologia privada. "Outras nações podem aprender com o sucesso do Brasil no desenvolvimento de um sistema de pagamento digital. Mas os EUA provavelmente permanecerão presos a uma combinação de interesses pessoais e fantasias cripto", conclui.