O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Caio Carvalho, expressou grande preocupação diante da aparente falta de estratégia do governo federal para negociar diplomaticamente o aumento das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. Apesar das reuniões contínuas do vice-presidente Geraldo Alkimin com o setor agroindustrial, não há um plano definido para iniciar as negociações com as autoridades americanas, incluindo detalhes sobre quando, onde e com quem essas negociações acontecerão. O prazo final para avanços nesse sentido é o dia primeiro de agosto.

Incertezas nas negociações brasileiras

Uma comitiva de senadores brasileiros foi enviada com o objetivo de buscar diálogo com senadores americanos, mas ainda existem dúvidas sobre a capacidade técnica desses representantes para tratar de comércio exterior e tarifas. Caio Carvalho ressaltou que a agroindústria brasileira conta com profissionais altamente capacitados para conduzir essas negociações sem interferências políticas ou populistas.

Críticas à postura do governo

Em entrevista à CNN, Caio Carvalho questionou a ausência de gestos políticos positivos do governo brasileiro neste momento crucial para a economia do país, recebendo resposta negativa unânime. Em contrapartida, o presidente Donald Trump já avançou com negociações e acordos tarifários com a China, Índia, Argentina e Japão, incluindo o recente anúncio de um grande acordo com o país asiático.

Perspectivas para o comércio internacional

Apesar do cenário complicado, Carvalho acredita no trabalho realizado pela Câmara Setorial do Café (Cecafé) nas relações comerciais internacionais, vislumbrando vantagens para o Brasil nessas negociações com os Estados Unidos, ainda que sem o apoio direto do governo brasileiro.

Confira a coluna do Valdir Barbosa para mais detalhes sobre esse tema e acompanhe as atualizações na TV Sim Brasil.