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A Disputa entre o Banco Central e o Governo sobre o Crédito
Ministros do governo buscam expandir o crédito consignado enquanto o BC foca no controle da inflação.
Enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) se reunia para discutir um aumento na taxa Selic a fim de conter a inflação, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Luiz Marinho (Trabalho) anunciavam um plano para triplicar o volume de crédito consignado no Brasil.
Debates no Copom
Nos dois últimos dias, o Copom deliberou por mais de 11 horas sobre a necessidade de um ajuste na política monetária, visando frear a economia e controlar a inflação em 2025. Um dos principais canais para essa transmissão das decisões do Copom é o mercado de crédito, que, ao desacelerar, reduz um importante incentivo ao crescimento da atividade econômica.
Anúncio do Governo
Em um evento no Palácio do Planalto, Haddad e Marinho, acompanhados de representantes de instituições financeiras, revelaram a meta de expandir o crédito consignado para R$ 120 bilhões, com o intuito de reduzir os custos desse tipo de empréstimo. Essa medida contrasta diretamente com os esforços do Banco Central, que busca uma política mais rigorosa para controlar a inflação.
Reação do Mercado e Expectativas
Os diretores do Copom reafirmaram um compromisso firme com a convergência da inflação à meta. O aumento da Selic foi uma das decisões tomadas para garantir esse objetivo, embora o governo tenha sinalizado divergências em sua abordagem com relação ao controle de gastos e à política fiscal.
Desafios Fiscais e a Visão do Mercado
Analistas do mercado financeiro estão pressionando o ministro Haddad por medidas que indiquem uma contenção dos gastos públicos, uma vez que a alta da cotação do dólar e o crescimento da dívida pública ameaçam a estabilidade econômica. Há uma percepção de que o governo, em antecipação às eleições de 2026, pode evitar as reformas necessárias para aliviar a pressão inflacionária.
Avaliação dos Especialistas
Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central, mencionou que o governo possui a capacidade de ajustar as contas públicas, mas a vontade política para tal parece ausente. Ele enfatizou que a visão predominante no mercado é de que Haddad não tem conseguido implementar sua agenda, o que gera descontentamento.