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Polícia Federal realiza operação contra fraudes no DPVAT em Minas Gerais
A operação 'Sinistro Fantasma' visa desmantelar um esquema de fraudes em indenizações no Seguro DPVAT.
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (13 de fevereiro) a operação "Sinistro Fantasma", com o intuito de desarticular um esquema criminoso de fraudes no Seguro DPVAT nas cidades de Jaíba e Janaúba, no Norte de Minas. A investigação revelou que um grupo utilizava documentos falsos para pleitear indenizações indevidas, resultando em um prejuízo significativo ao sistema de seguro obrigatório.
Denúncia e Descobertas
As apurações tiveram início após uma denúncia da Caixa Econômica Federal, que detectou padrões suspeitos em vários pedidos de indenização. Durante a investigação, foi constatado que um único intermediário atuava como procurador em mais de 250 solicitações, das quais 157 foram rejeitadas por inconsistências nos documentos, enquanto 92 resultaram em pagamentos indevidos.
Documentos Falsificados
O grupo criminoso fabricava boletins de ocorrência, laudos médicos e outros registros para simular acidentes de trânsito que nunca ocorreram. Em diversos casos, as supostas vítimas não estavam envolvidas nos incidentes relatados, e em algumas situações, as lesões descritas eram incompatíveis com os eventos narrados.
Casos Emblemáticos
Entre os casos mais emblemáticos, a PF destacou um incidente em que uma criança de 6 anos recebeu o seguro DPVAT, mesmo com o boletim de ocorrência mencionando apenas "pequenas escoriações". Um laudo médico fraudado, no entanto, afirmava que o paciente estava gestante, apontando uma adulteração evidente do documento. Outro beneficiário obteve a indenização alegando um acidente de moto, embora, segundo o boletim de ocorrência, a verdadeira vítima fosse sua namorada.
Mandados de Busca e Apreensão
Na manhã desta quinta-feira, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em locais relacionados aos investigados, incluindo escritórios e residências em Jaíba e Janaúba. Durante as diligências, a Polícia Federal apreendeu documentos, celulares e computadores que poderão auxiliar na conclusão do inquérito policial.
Punições Previstas
Os envolvidos podem ser responsabilizados pelo crime de estelionato qualificado, cuja pena pode chegar a seis anos de reclusão.