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Preços de alimentos desaceleram, mas inflação ainda é motivo de preocupação
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Preços de alimentos desaceleram, mas inflação ainda é motivo de preocupação

Apesar da queda no ritmo de alta de alguns alimentos, as incertezas mantêm a inflação projetada para 2025 sem revisões para baixo, segundo especialistas da FGV

Por Admin

06/07/2025 16:56 · Publicado há 5 horas
Categoria: Economia

O aumento dos preços dos alimentos semielaborados e industrializados diminuiu seu ritmo, o que deve ajudar a conter a inflação no momento. Contudo, a perspectiva para esses grupos de produtos no restante do ano permanece incerta, dificultando revisões para baixo nas projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025.

Contexto da inflação alimentar

Segundo André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da FGV, as condições para que alimentos com algum grau de transformação tenham preços mais baixos estão se formando, graças à melhora climática em relação ao ano anterior, sem os fenômenos El Niño e La Niña. Se os preços desses produtos se manterem controlados, a inflação medida pelo IPCA deve fechar 2025 próxima de 4,9%. Caso contrário, o índice pode ficar entre 5,4% e 5,5%, que é o patamar atual.

Classificação dos alimentos e impacto na inflação

O Banco Central classifica os alimentos em três grupos: in natura, que não sofrem transformação, como ovos, tubérculos, frutas e verduras; semielaborados, que passam por alguma transformação, como carnes bovinas, suínas, leite e cereais; e industrializados, que têm um grau maior de processamento e abrangem uma vasta gama de produtos.

Os alimentos industrializados representam 53% da contribuição na inflação de alimentação no domicílio, os semielaborados participam com 32%, e os in natura com 15%. No entanto, a previsão dos preços dos industrializados é afetada pela volatilidade dos custos de produção, influenciados por variáveis como câmbio e petróleo.

Fatores econômicos e projeções para o IPCA

João Fernandes, economista da gestora Quantitas, destaca que o câmbio é a variável que mais impacta os custos de produção atualmente. Embora o mercado global favoreça moedas emergentes, o cenário continua dependente de fatores externos. Fernandes mantém a projeção do IPCA para 2025 em 5,2%, com viés para baixa devido à valorização recente do real frente ao dólar.

Guilherme Moreira, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), observa que a reversão da alta dos preços dos alimentos deve continuar até julho, porém a desaceleração será mais lenta para os semielaborados e industrializados. Ele explica que "enquanto os in natura são mais voláteis, esses alimentos demoram mais para subir e para cair".

Desempenho recente dos preços e perspectivas futuras

Fernandes prevê queda na inflação dos alimentos industrializados entre junho e julho, reflexo do recuo dos preços no atacado, já apontado por índices e dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Segundo ele, o pior momento da inflação de alimentação no domicílio foi em novembro de 2024, com alta acumulada em 12 meses de 8,4%. Até maio de 2025, o índice acumulado caiu para 7,2%. Essa métrica sugere que a inflação não deve recuar muito no curto prazo, mas a desaceleração será mais perceptível na margem.

Entre os alimentos que reduziram o ritmo de alta estão o leite longa vida e cereais como arroz e feijão. Por outro lado, o café moído, o café solúvel e a carne bovina continuam com preços pressionados, podendo a carne bovina sofrer nova alta até o final do ano.

Na composição da inflação alimentar no domicílio, o café tem peso de 4,4%, o leite longa vida 4,8%, cereais 5,2% e carnes 17,3%.

Fernandes projeta que em junho o IPCA registre deflação de 0,50% na alimentação no domicílio, com retorno para alta de 0,10% em julho. O movimento em agosto ainda é incerto, com previsão provisória de variação positiva de 0,10%. A expectativa para a inflação de alimentos é de 6,3% em 2025 e 4,9% em 2026.

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