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Fonte da imagem: https://www.otempo.com.br/content/dam/otempo/editorias/cidades/2024/4/cidades-samarco-rompimento-de-barragem-em-mariana-vale-mineradora-1714446322.jpeg
Especialista indicado pela BHP aponta imprudência na barragem do Fundão
Engenheiro da BHP admite falhas na segurança da estrutura durante julgamento em Londres
No julgamento sobre a responsabilidade da BHP Billiton pelo colapso da barragem do Fundão, em Mariana, um especialista em engenharia geotécnica indicado pela empresa reconheceu a imprudência dos responsáveis pela estrutura antes da tragédia.
Interrogatório e Reconhecimento de Falhas
Durante seu depoimento no Tribunal Superior de Londres, o Dr. Allen Marr analisou decisões tomadas pelos engenheiros da BHP. Ele afirmou que o uso de uma solução temporária para ajustar o alinhamento da barragem comprometeu sua estabilidade ao longo de três anos, até o rompimento em 5 de novembro de 2015, que resultou em vazamento de aproximadamente 44 milhões de metros cúbicos de lama, matando 19 pessoas e causando a maior tragédia ambiental do Brasil.
Falhas Estruturais
Dr. Marr destacou que os dados disponíveis não foram utilizados para encontrar uma solução definitiva para os problemas da barragem, mesmo com falhas na estrutura sendo evidentes desde sua construção. Ao ser questionado sobre se um engenheiro competente teria identificado os problemas e solicitado um estudo adequado de liquefação, ele respondeu: "Sim, acho que sim".
Implicações e Respostas da BHP
O especialista também comentou que um recuo na estrutura poderia reduzir sua estabilidade e era esperado que um profissional com conhecimento em estabilidade analisasse esse impacto. A BHP, por sua vez, refutou as acusações, reiterando que seus conselheiros não foram informados sobre qualquer comprometimento na segurança da barragem e que eram constantemente assegurados de sua boa gestão.
Contexto do Julgamento
O julgamento, que envolve a análise da responsabilidade da BHP na tragédia de Mariana, começou em outubro de 2024 e deve se estender até março de 2025. Cerca de 620 mil pessoas afetadas estão sendo representadas por um escritório de advocacia internacional, enquanto a lama resultante do desastre percorreu 675 km, afetando o rio Doce e a costa do Espírito Santo e sul da Bahia.