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Virginia publica vídeo supostamente inocente das filhas que serve de alerta para ela e outros pais
Vídeo das filhas de Virginia Fonseca revela importante mensagem sobre aceitação e emoções infantis, alertando pais e responsáveis.
Virginia Fonseca, de 26 anos, compartilhou nas redes sociais um vídeo das filhas Maria Alice, de 4 anos, e Maria Flor, de 2 anos, que inicialmente pode parecer um momento inocente, mas que na verdade traz um importante alerta para ela, o ex-marido Zé Felipe e demais pais.
O vídeo e o momento entre irmãs
No registro, Maria Alice expressa o desejo de ser "engraçada" como a irmã mais nova, Maria Flor. Porém, essa vontade é seguida por uma frustração ao tentar imitar a caçula e não conseguir. Durante a conversa, Maria Flor afirma que não é engraçada, mas feliz, ao que a irmã responde emocionada: "E eu quero ficar feliz... mas não sai assim", chegando a chorar.
Apesar das tentativas de Flor e do assessor e amigo de Virginia, Hebert Gomes, de estimular Maria Alice a sorrir, a criança demonstra dificuldade e tristeza. Maria Alice lamenta: "Não tá vindo".
Interpretação da especialista
Telma Abrahão, neurocientista, especialista em desenvolvimento infantil e escritora best-seller, explica que cenas como essa podem ser um pedido silencioso das crianças por amor e aceitação: "Por trás de uma cena aparentemente leve e divertida, pode existir um pedido silencioso: ‘Me ame, mesmo quando eu não sou a irmã engraçada. Me enxergue, mesmo quando eu não sou perfeita’."
A especialista acrescenta que o desejo de Maria Alice de ser como a irmã representa um profundo anseio de pertencimento e aceitação, enquanto suas lágrimas sinalizam uma dor interna, possivelmente a sensação de não ser suficiente, o que, para o cérebro infantil, pode ser interpretado como: "Se eu não for como ela, será que também serei amada?".
Orientações para os pais
Telma destaca que, quando uma criança manifesta sentimentos como os de Maria Alice e enfrenta crises emocionais, é fundamental que os pais acolham e validem essas emoções, mostrando que não há um jeito certo de ser para merecer amor. Segundo ela, dizer frases como "Você não precisa ser igual a ninguém. Eu amo você exatamente como você é" tem muito mais impacto do que tentar corrigir ou distrair a criança.
Se esse tipo de sofrimento for frequente ou difícil de lidar, buscar ajuda profissional pode ser importante para garantir segurança emocional à criança e suporte aos pais.
Para evitar situações como essa, a especialista recomenda evitar comparações entre irmãos, validar as características únicas de cada criança, ensinar que todos os sentimentos são aceitos e oferecer presença emocional equilibrada. Ressalta também que rir de uma crise emocional pode ser percebido pela criança como rejeição, sendo mais adequado acolher o sentimento e proporcionar segurança.
Impactos para a vida adulta
Crianças que crescem acreditando que só serão amadas se forem "boas", "engraçadas" ou "felizes" demais podem desenvolver problemas como:
- Negação de si mesmas para agradar os outros;
- Sentimento constante de precisar se esforçar para merecer amor;
- Baixa autoestima e insegurança crônica;
- Relações baseadas em validação externa;
- Dificuldade em aceitar suas próprias emoções.
Experiências repetidas desse tipo podem formar a base da autoimagem e da regulação emocional, mostrando que um vídeo aparentemente fofo pode evidenciar um início de sofrimento emocional duradouro.