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Morre Dona Jacira, mãe de Emicida e Fióti, aos 60 anos
Ela estava hospitalizada em São Paulo e lutava contra lúpus e hemodiálise há mais de 25 anos
Jacira Roque de Oliveira, conhecida como Dona Jacira, mãe do rapper Emicida e do empresário Evandro Fióti, faleceu nesta segunda-feira (28/7), aos 60 anos, em São Paulo. Ela estava hospitalizada na capital paulista, mas a causa da morte ainda não foi divulgada, conforme confirmado por Fióti.
História e luta contra a doença
Dona Jacira enfrentava lúpus e fazia hemodiálise há mais de 25 anos. Além disso, foi colunista do UOL entre 2021 e 2023. Natural da zona norte de São Paulo, sua vida foi marcada por desafios, incluindo maus-tratos na infância, um casamento precoce na adolescência, a perda do marido e anos de batalha contra a pobreza.
Emicida relembrou que sua mãe trabalhou como empregada doméstica por muitos anos e enfrentou discriminação social: "Ela não podia comer na mesma mesa que as pessoas, usar os mesmos talheres e nem podia comer a mesma comida".
Trajetória artística e legado
Na maturidade, Dona Jacira se dedicou à arte, encontrando na criação um meio de cura e autoconhecimento. Suas obras e escritos celebravam suas raízes ancestrais, a cultura negra e a sabedoria popular.
Em abril deste ano, ela se manifestou publicamente durante uma disputa judicial entre seus filhos pela empresa Laboratório Fantasma, defendendo Fióti em uma publicação no Instagram. Na ocasião, escreveu: "Qualquer objetivo é fraco para qualificar a importância da tradição oral, nas civilizações de matriz africana. Nelas é pela palavra falada que se transmite a tradição. A soma de conhecimento sobre a natureza e a vida. Todavia, a mesma palavra, usada de má fé, pode destruir um império. A palavra maldita calou fundo no coração da minha família. E no coração dos nossos homens bons. Sem chance de defesa, fizeram-nos réu. Falo em nome das mulheres que estão à frente da Lab desde quando ninguém via possibilidade. Fióti sua dor é nossa dor".