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"Acredito na potência da literatura", diz autora sobre leitura no cárcere
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"Acredito na potência da literatura", diz autora sobre leitura no cárcere

Professora Rossaly Beatriz Chioquetta constata o poder transformador dos livros, mesmo em condições desafiadoras.

Por Admin

27/04/2025 09:04 · Publicado há 5 dias
Categoria: Estilo de vida

A professora Rossaly Beatriz Chioquetta é autora do livro "Leitura e cárcere - (entre) linhas e grades, o leitor preso e a remição de pena", lançado no ano passado. A obra reflete sobre desigualdades sociais, o funcionamento dos sistemas de segurança e justiça, e as condições de privação de liberdade. Chioquetta destacou que o acesso à leitura é fundamental para reduzir penas e abrir novos caminhos para detentos em Minas Gerais.

Experiência no Presídio

O livro narra a experiência da autora ao entrevistar presos no projeto de extensão de leitura que coordenou por cinco anos no curso de Direito da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc Xanxerê). "Mesmo em condições tão hostis, eles conseguiram ter fruição, curtiram aquela leitura", enfatizou a professora. Ela ainda mencionou que muitos detentos começaram a presentear os filhos com livros após a experiência.

Detalhes do Projeto de Extensão

O projeto, intitulado "Direito e Cárcere, diminuição da pena pela leitura", envolveu alunos de Direito que liam a mesma obra que os presos do Presídio Regional de Xanxerê. Após a leitura, eles faziam a mediação e emitiam um formulário que era enviado ao Poder Judiciário para efetivar a remição da pena. Desde 2015, quando iniciou o doutorado, Chioquetta viu a importância do projeto para sua tese.

Resultados da Pesquisa

Rossaly entrevistou detentos que mais leram entre 2016 e 2018, revelando questões como a super-representação de presos negros e o baixo nível de escolaridade, com muitos tendo apenas até o 7º ano do Ensino Fundamental. Os dados também mostraram que muitos eram usuários de drogas e viviam em vulnerabilidade social.

Reflexões sobre a Literatura

"Acredito na potência da literatura" disse Chioquetta, que observou como a leitura pode ajudar na ressocialização. A pesquisa indicou que os detentos, mesmo em situações adversas, sentiram prazer na leitura. "O ideal seria que não tivéssemos pessoas presas, mas, se temos, que possamos criar condições para que voltem restaurados à sociedade", afirmou.

Transformação dos Detentos

Os efeitos da leitura foram visíveis, com o vocabulário dos detentos ampliado e muitos passando a presentear seus filhos com livros. Chioquetta compartilhou histórias impactantes de detentos que encontraram na literatura uma forma de refletir sobre suas vidas e experiências.

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