O empresário Pedro Araújo Guimarães de Freitas, de 37 anos, descobriu que sua bicicleta foi furtada de seu condomínio na Rua Itapemirim, no bairro Serra, uma área nobre da Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Os ladrões conseguiram entrar no prédio e levar a bicicleta pela garagem. "Aqui isso tem sido muito frequente. Vidros de carros quebrados, casas invadidas, prédios... Tinha de ter mais segurança e policiamento", observa Pedro, que não é um caso isolado.

Dados de Criminalidade

O bairro onde ele reside é o mais afetado por invasões, conforme um mapeamento realizado pelo Estado de Minas a partir de dados oficiais da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Em 2024, as invasões a residências representaram 50,6% das 6.660 ocorrências de furtos diversos registrados, totalizando 3.375 casos. Dentre esses, 2.407 foram caracterizados por arrombamentos, e 760 por escaladas.

Perfil dos Crimes

As invasões a moradias acontecem predominantemente em casas, totalizando 4.444 ocorrências, enquanto 852 foram em apartamentos. Síndicos e moradores relataram também 803 furtos nas áreas comuns de edifícios. As estatísticas mostram que os meses de julho e novembro concentraram os maiores números de furtos, com 320 e 313 ocorrências, respectivamente.

Prevenção e Segurança

O coronel Carlos Júnior, especialista em segurança pública, destaca a importância de um planejamento de segurança e investimento em tecnologias como cercas, câmeras e alarmes, que podem desencorajar os criminosos. Ele também sugere a integração comunitária através da Rede de Vizinhos Protegidos, promovendo a colaboração entre os moradores.

Ações do Governo

Para enfrentar a criminalidade, a Sejusp implementa o programa Fica Vivo!, que visa a prevenção em áreas vulneráveis. Belo Horizonte conta com 13 Unidades de Prevenção à Criminalidade e a Integração da Gestão em Segurança Pública, que analisa dados para identificar e atuar nas regiões mais críticas.