Vinte e oito detentos dos presídios de Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, estão infectados com tuberculose. Os dados foram revelados pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Em fevereiro deste ano, levantamento do Estado de Minas mostrou que 42 presos estavam infectados pela doença.

Tratamento e Protocólos

Os presos com tuberculose estão recebendo o tratamento de acordo com os protocolos recomendados pelos órgãos de saúde, informou a Sejusp em nota. Além do tratamento médico dos detentos contaminados, estão sendo promovidas ações de contenção e prevenção, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde e a rede municipal.

Preocupação com a Saúde

“Pra gente que vem de fora trabalhar aqui, o risco é grande. Temos medo de pegar a doença, principalmente neste período mais frio, onde a propagação de doenças respiratórias é maior”, disse uma professora, sob condição de anonimato, que realiza trabalhos nos presídios de Juiz de Fora. “Muitas pessoas de fora, como os policiais penais, fornecedores e pessoas que trabalham nos presídios, acabam expostas a essa doença”, alertou um servidor que também preferiu não se identificar.

Ações de Prevenção

A Sejusp informou que, além do tratamento médico, está realizando a disponibilização de testes para identificar precocemente novos casos, incluindo por meio de busca ativa de sintomáticos. “O protocolo de controle da tuberculose do Ministério da Saúde também está sendo aplicado”, garantiu a pasta.

Importância do Tratamento

Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento da tuberculose pode levar de seis a nove meses, e a interrupção ou abandono pode gerar casos resistentes aos medicamentos.