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OMS revela que não existe quantidade segura de álcool para a saúde
Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo destaca os perigos da ingestão de bebidas alcoólicas
Vez ou outra, a dúvida surge: será que consumir uma latinha de cerveja por dia faz mal? Muitas pessoas se perguntam se existe uma dose segura de álcool que não traga danos à saúde. Esse assunto ganha ainda mais importância no dia 18 de fevereiro, data que marca o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, momento de reflexão sobre os efeitos adversos do consumo de álcool na saúde.
Taxas de Consumo em Belo Horizonte
Uma pesquisa realizada pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) entre 2010 e 2023 mostrou que Belo Horizonte ocupa a sexta posição entre as capitais brasileiras com maior índice de consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Em 2010, a prevalência na população adulta era de 20,9%, e em 2023 esse número aumentou para 22,4%. As cidades que lideram o ranking são Salvador (28,9%), Distrito Federal (25,8%), Cuiabá (24,5%), Florianópolis (23,4%), e Vitória (23,2%).
A Visão da Organização Mundial da Saúde
Anteriormente, algumas pesquisas indicavam que o consumo moderado de bebidas como o vinho tinto poderia trazer benefícios à saúde. Contudo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revisou essa perspectiva. Atualmente, a OMS afirma que não há um nível seguro de consumo de álcool. Para aqueles que acreditam que beber de maneira social ou moderada não acarreta prejuízos à saúde, a entidade adverte que essa visão é equivocada.
Orientações de Especialistas
A nutricionista da Fundação São Francisco Xavier, Sheila Vieira e Castro, enfatiza que "se eu bebo duas latinhas de cerveja todos os dias ou bebo todas no final de semana, vai ser prejudicial da mesma forma". Estudos demonstraram que indivíduos que consomem álcool têm maior risco de desenvolver doenças graves como câncer, infarto, AVC e cirrose, em comparação àqueles que não consomem álcool. A recomendação mais segura, segundo especialistas, é não consumir bebidas alcoólicas.
Consequências do Consumo de Álcool
O Ministério da Saúde alerta que o álcool é um fator de risco para diversas doenças, incluindo doenças do fígado e do pâncreas, câncer, transtornos mentais, diabetes, hipertensão e problemas no desenvolvimento gestacional. O consumo abusivo de álcool também é associado a acidentes de trânsito e situações de violência. Para combater esse problema, a pasta estabeleceu a meta de reduzir em 10% o consumo episódico pesado de bebidas alcoólicas até 2030.
Tratamento e Apoio ao Alcoólatra
O alcoolismo é uma questão séria que exige atenção e tratamento. No Brasil, grupos como os Alcoólicos Anônimos (AA) oferecem suporte a indivíduos que desejam superar o vício. A participação é gratuita e baseia-se na confidencialidade. Além disso, os Centros de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (Caps – AD) estão disponíveis para fornecer atendimento especializado. Caso não haja um Caps disponível, os dependentes podem buscar auxílio em unidades de saúde mental ou em unidades básicas de saúde. Quando necessário, o Caps poderá encaminhar os pacientes para instituições de internação.