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O curioso caso do militar que almeja a vaga de Cacá Diegues na ABL
Coronel Evandro Aléssio busca dedicar mais tempo à arte e tenta assegurar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.
Na corrida pela cadeira de Cacá Diegues na Academia Brasileira de Letras (ABL), o coronel Evandro Aléssio Rodrigues Pereira, que já atuou nas três Forças Armadas, está ansioso para dedicar mais tempo à arte. Ele fez sua entrada no Exército em 1989, na cidade de Campinas, em São Paulo, e, desde então, tem equilibrado sua carreira entre a segurança pública, atividades acadêmicas e a literatura.
Trajetória Literária
Ainda em seu último ano na Força Aérea Brasileira (FAB), Aléssio ocupa a cadeira 31 na Academia Barbacenense de Letras. Sua obra “Inteligência alimentar”, publicada em 2007, é resultado de uma especialização em nutrição. No ano seguinte, ele lançou um ensaio de bolso chamado “A energia do silêncio e o poder de concentração dos segredos não revelados”, que se tornou um sucesso como audiolivro no YouTube, acumulando 2,2 milhões de visualizações.
Obras Recentes
Em 2011, o militar lançou seu primeiro romance, intitulado “Pin”, que se passa em um colégio de sua infância. Recentemente, em 2023, apresentou “A menina e o trem”, um romance que explora a comunidade relacionada ao Hospital Colônia de Barbacena, o mesmo tema abordado no livro-reportagem “Holocausto brasileiro” da jornalista Daniela Arbex. Aléssio começou a coletar depoimentos em 2008, mas enfrentou desafios para finalizar o livro devido à complexidade do ambiente retratado, marcado por racismo e misoginia.
Concorrência e Expectativas
Aléssio reconhece que as chances de sucesso na disputa pela cadeira na ABL são limitadas, especialmente considerando que ele está competindo com figuras proeminentes como a jornalista Míriam Leitão, o ex-ministro Cristovam Buarque e o escritor Tom Farias. Ele descreve sua inscrição como um “chamado divino” e expressa um forte sentimento de pertencimento à Academia.
Experiência Política
Além de sua carreira literária, Aléssio também se aventurou na política, concorrendo a uma vaga como vereador em Barbacena sob o nome “Coronel Evandro” nas eleições de 2024, onde obteve 310 votos, mas não foi eleito. Ele se distanciou de qualquer associação com o ex-presidente Jair Bolsonaro e descreveu sua experiência política como “a primeira e última” no setor, afirmando estar satisfeito em não ter sido eleito. “Meu interesse é realmente me aprofundar e me dedicar mais à cultura. Quero transformar meus livros em filmes. Amo cinema.”