“Para nós, é uma mistura de tristeza com revolta. É até difícil de falar”. A declaração é de John Paulo Medrado, irmão do ciclista mineiro Vitor Medrado, de 46 anos, que foi assassinado durante um assalto nas proximidades do Parque do Povo, no Bairro Itaim Bibi, em São Paulo, na manhã de quinta-feira (13/2). O corpo de Vitor será velado e sepultado no Cemitério da Paz, no Bairro Caiçara, na Região Noroeste de Belo Horizonte, na manhã deste sábado (15/2).

Trajetória de Vida

Natural de Janaúba, no Norte de Minas, Vitor mudou-se para Belo Horizonte na adolescência com sua família, onde fixou residência no Bairro Colégio Batista. Há uma década, ele se transferiu para São Paulo, mas deixou muitos amigos na capital mineira, especialmente entre os amantes do ciclismo.

Impacto na Família e Amigos

“Está sendo muito difícil para nossa família aceitar essa perda repentina do Vitor, causada pela violência”, admitiu John Medrado, que reside em Belo Horizonte e trabalha como diretor de arte. Ele destacou que Vitor sempre foi uma “pessoa família”, ligando para a mãe, Iolandina Medrado, de 76 anos, todos os dias. Vitor deixa uma mulher e uma filha de 23 anos, que reside em Pará de Minas.

Detalhes do Crime

O ciclista foi abordado por dois homens enquanto pedalava na Rua Brigadeiro Haroldo Veloso, no Bairro Itaim Bibi. O assalto foi capturado por uma câmera de segurança, onde é possível ver os criminosos se aproximando em uma moto e disparando contra a cabeça de Vitor. Após ser socorrido, ele foi encaminhado ao Hospital das Clínicas, mas não sobreviveu.

Repercussão entre a Comunidade Ciclística

Conhecido como Vitão ou Mineirinho, Vitor atuava como mentor esportivo. A notícia de sua morte chocou a comunidade ciclista, que expressou incredulidade e pesar nas redes sociais. "Estou totalmente atônita, atrapalhada, inconformada. Faltam palavras para descrever a violência bárbara e injustificável que levou sua vida", lamentou uma amiga.

Homenagem no Local do Crime

Na manhã da sexta-feira (14/2), familiares e amigos se reuniram no local do homicídio em uma homenagem a Vitor, envolvendo flores brancas e um clima de comoção e revolta pela insegurança na cidade.