Abrindo suas portas para visitação desde 2019, o Palácio da Liberdade, localizado na Praça da Liberdade em Belo Horizonte, alcançou recorde de público no ano passado, recebendo 373,6 mil visitantes.

História e Patrimônio

O Palácio da Liberdade, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) há 50 anos, quase foi demolido para dar lugar a uma torre de vidro de 80 metros de altura, projetada pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer. Em um documento de 1966, Niemeyer expressou sua crítica ao edifício, afirmando: “O atual palácio do governo de Minas Gerais apresenta tais deficiências, que nos surpreende não ter sido até hoje substituído.”

Intervenção do Iepha-MG

Para evitar a construção do que Niemeyer chamou de “palácio monumento, vertical, lógico e imponente”, foi criado o Iepha-MG, durante a gestão do governador Rondon Pacheco. Este instituto foi fundamental para salvar o Palácio da Liberdade e outros patrimônios históricos de Belo Horizonte, como destacou o ex-presidente do Iepha, Octávio Elísio Alves Brito.

Restauração e Atrações

Concebido pelo arquiteto José de Magalhães, o Palácio apresenta uma arquitetura eclética que combina estilos do classicismo romântico francês com influências do neobarroco e renascentismo italiano. Atualmente, está recebendo o maior investimento em restauração de sua história, totalizando mais de R$ 10 milhões, com recursos provenientes do Ministério Público de Minas Gerais.

Conclusão

O tombamento do Palácio da Liberdade aconteceu em 27 de janeiro de 1975, garantindo sua preservação e o reconhecimento de sua importância histórica e cultural para Belo Horizonte.