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Café e carnes ficam de fora de lista de exceções de Trump e terão sobretaxas aplicadas
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Café e carnes ficam de fora de lista de exceções de Trump e terão sobretaxas aplicadas

Setores brasileiros de carnes, café e pescados enfrentam impactos das tarifas americanas e solicitam medidas emergenciais do governo

Por Admin

05/10/2025 09:04 · Publicado há 10 dias
Categoria: Economia

Setores do agronegócio brasileiro, como as indústrias de carnes, café e pescados, estão entre os mais afetados pelo aumento de tarifas de 50% imposto pelos Estados Unidos. Esses setores pedem negociações constantes e medidas emergenciais do governo brasileiro para mitigar os prejuízos. A nova tarifa entrará em vigor 7 dias após a ordem, ou seja, a partir de 6 de agosto.

Impacto no setor de café

Eduardo Heron, diretor técnico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), afirmou: "Nós dependemos do governo, de diplomacia. Há um interesse dos órgãos americanos do setor de café de buscar uma solução. O problema é que os dois governos, de ambos os países, estão demorando em negociar." Ele destacou que os dados indicam que não haverá substituição do café brasileiro no mercado americano no curto prazo, devido ao volume das vendas ao consumidor dos EUA. "Não tem havido suspensão de embarque ou carga parada até o momento", comentou.

O café brasileiro, que antes era taxado em 10% pelos Estados Unidos, agora terá tarifa de 50%, embora ainda haja possibilidade de negociação. Segundo Heron, "o Brasil tem 34% do mercado dos Estados Unidos. É o maior fornecedor. O segundo maior fornecedor é a Colômbia, com 20%. Nós vendemos 8 milhões de sacas para eles no ano passado, enquanto a Colômbia vendeu, para todo o mundo, 12 milhões de sacas. Isso significa que ela não teria condições de suprir a demanda dos americanos no curto prazo".

Desafios na indústria de pescados

Eduardo Lobo, presidente da Associação Brasileira da Indústria da Pesca (Abipesca), afirmou que o setor está em alerta máximo e que, sem uma linha de crédito subsidiada e emergencial, haverá demissões em massa. "O setor paralisou seus negócios de exportação. Tínhamos a expectativa de liberação de linhas de crédito, mas até agora o governo não atuou nisso. Ou o governo faz uma linha de crédito urgentemente, ou vai ter uma avalanche de fechamento de empresas e demissões", destacou.

A Abipesca solicitou formalmente ao governo uma linha emergencial de crédito de R$ 900 milhões há mais de uma semana, sem retorno até o momento. "Se o governo não socorrer o setor de pescados nos próximos oito dias, o setor vai começar a diminuir 1 mil pessoas, a cada 15 dias", alertou Lobo.

O setor pesqueiro brasileiro movimenta cerca de R$ 20 bilhões por ano, sendo que aproximadamente US$ 600 milhões estão ligados às exportações. Entre 70% e 80% dessas exportações têm como destino os Estados Unidos, principal mercado externo do país no setor.

Repercussões no setor de carnes

No setor de carnes, os produtores pedem avanços nas negociações e cautela máxima. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que as vendas de carne bovina para os EUA devem cair cerca de 47%, enquanto as do café podem ter redução de 25%.

Dados indicam que as tarifas extras já aplicadas pelo governo americano reduziram significativamente as exportações brasileiras de carne bovina para os Estados Unidos mesmo antes da sobretaxa de 50% entrar em vigor. Em abril, as exportações foram de 47,8 mil toneladas, caindo para 27,4 mil em maio, 18,2 mil em junho e chegando a 9,7 mil toneladas no momento atual, uma queda de 80% em relação a abril.

Apesar da redução no volume, o preço da carne brasileira no mercado americano subiu, passando de US$ 5.200 por tonelada em abril para US$ 5.850 atualmente, um aumento de 12%.

A empresa Marfrig, uma das maiores do setor, decidiu paralisar a produção destinada aos EUA em seu complexo de Várzea Grande, Mato Grosso, desde 17 de julho, por motivos comerciais. A retomada da produção ainda não tem data definida.

Posicionamento da Frente Parlamentar da Agropecuária

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) afirmou que a nova alíquota tem impactos diretos no agronegócio brasileiro, afetando o câmbio, o custo de insumos importados e a competitividade das exportações. A FPA defende "uma resposta firme e estratégica: é momento de cautela, diplomacia afiada e presença ativa do Brasil na mesa de negociações. A diplomacia é o caminho mais estratégico para a retomada das tratativas".

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