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Zoneamento de Risco Climático da Soja passa a incluir manejo do solo para cálculo de riscos
Projeto-piloto no Paraná oferece percentuais diferenciados de subvenção no seguro rural para produtores que adotarem boas práticas de manejo do solo
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja passará a considerar, a partir da próxima safra, a adoção de boas práticas de manejo do solo que aumentam a disponibilidade de água para as plantas. O projeto-piloto está em andamento no Paraná, onde produtores que aderirem ao Zarc poderão receber percentuais diferenciados de subvenção nas apólices do seguro rural, conforme o nível de manejo adotado em suas propriedades.
Projeto e financiamento
Esta iniciativa é uma proposta conjunta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Embrapa, denominada Zarc Níveis de Manejo (ZarcNM). O objetivo é contribuir para a mitigação dos riscos climáticos na produção de soja, incorporando o manejo do solo no cálculo do risco climático. O Mapa destinou R$ 8 milhões para esta fase inicial do projeto.
Expectativas e evolução do Zarc
Diego Melo de Almeida, diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Ministério da Agricultura, destaca que o projeto representa uma evolução do Zarc e que, após o início na safra de verão, a metodologia será aprimorada e ampliada para alcançar um número maior de produtores nas próximas safras.
Importância para a agricultura e seguro rural
O pesquisador José Renato Bouças Farias, da Embrapa Soja, explica que esta atualização é essencial especialmente em períodos de escassez hídrica, que atualmente é a principal causa de perdas na produção de soja no Brasil. Segundo ele, o ZarcNM evidencia a redução do risco por meio de manejo bem conduzido, fornecendo uma informação valiosa para produtores, planejamento agrícola e para as apólices de seguro rural.
Práticas conservacionistas e manejo do solo
De acordo com Farias, a adoção de práticas conservacionistas é fundamental para aumentar a infiltração de água e diminuir o escorrimento superficial, que ocorre durante chuvas intensas. Essas práticas, junto a outras técnicas de manejo do solo, promovem maior disponibilidade hídrica para as plantas.
Níveis de manejo e benefícios no seguro rural
O ZarcNM classificará os níveis de manejo em quatro categorias (Nível de Manejo 1 a 4), baseadas em seis indicadores que avaliam a qualidade do manejo do solo. Os percentuais de subvenção nas apólices do seguro rural aumentarão conforme o nível de manejo: 20% para NM1, 25% para NM2, 30% para NM3 e 35% para NM4, substituindo o percentual padrão atual de 20% para soja.
Indicadores e pré-requisitos
Os seis indicadores considerados são: tempo sem revolvimento do solo, cobertura do solo antes da semeadura (palhada), diversificação de culturas nos últimos três anos, percentual de saturação por bases, teor de cálcio e percentual de saturação por alumínio. Além disso, pré-requisitos como semeadura em contorno ou em nível também precisam ser cumpridos.
Impacto na produtividade e sustentabilidade
Farias ressalta que o aprimoramento do manejo do solo, por meio de técnicas comprovadamente eficazes, pode aumentar significativamente a produtividade das culturas, reduzir perdas causadas por seca, aumentar a fixação de carbono no solo e promover a conservação do solo e dos recursos hídricos. O ZarcNM permite delimitar áreas e identificar períodos de menor risco climático para o plantio da soja no Brasil, considerando a interação entre a composição do solo e as práticas de manejo adotadas.