{{noticiaAtual.categoria.titulo}}

{{noticiaAtual.titulo}}

{{clima.temp}} °C

{{clima.description}} em

{{relogio.time}}

{{relogio.date}}
Artista denuncia violência contra a mulher em exposição em Contagem
Fonte da imagem: https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2025/07/10/1200x720/1_wmc61801-56144595.jpg?20250710200039?20250710200039

Artista denuncia violência contra a mulher em exposição em Contagem

Eugênia França apresenta mostra com pinturas, videoarte, performances e instalações para dar voz às vítimas e conscientizar sobre a violência doméstica

Por Admin

12/07/2025 03:30 · Publicado há 1 dia
Categoria: Estilo de vida

A artista plástica Eugênia França utiliza a arte como forma de denunciar a violência contra a mulher e homenagear as vítimas. Sensibilizada por relatos reais e dados alarmantes sobre feminicídio, homicídios e estupros de mulheres no Brasil, Eugênia criou uma série de trabalhos que incluem pinturas, videoarte, performances e instalações, que serão exibidos a partir deste sábado (12/7) na Casa de Cultura Nair Mendes Moreira, em Contagem.

Contexto e motivação

De acordo com relatório do governo federal, entre 2015 e 2024 foram registrados 11.650 casos de feminicídio e quase 30 mil homicídios dolosos e lesões corporais seguidas de morte de mulheres. No mesmo período, ocorreram mais de 590 mil casos de estupro de mulheres no país.

Incomodada com estes números e experiências próximas, Eugênia decidiu transformar sua indignação em arte. "No fim de 2017, fiquei sabendo que minha amiga de adolescência tinha sido agredida violentamente pelo marido. Fiquei tão incomodada com aquilo que não conseguia dormir. A partir disso, comecei a fazer uma série de pinturas de mulheres que tiveram alguma vivência de violência doméstica", conta a artista.

Projetos artísticos e ações

Eugênia pintou 200 retratos que deram origem à série “Em nome das Rosas”, resultado de entrevistas e conversas com mulheres que sofreram agressões, além de visitas a instituições de apoio.

Após essa série, desenvolveu o projeto “Entre a pele e a palavra”, que inclui performances, videoartes e pinturas. Para esse trabalho, criou roupas brancas com vários QR Codes que direcionam para histórias reais, cartas, pinturas, serviços de atendimento, informações sobre a Lei Maria da Penha, áudios e vídeos. Eugênia planejou caminhar por 365 dias vestindo essas roupas em diferentes cidades e países.

Na abertura da exposição em Contagem, Eugênia e outras mulheres farão uma performance coletiva na escadaria da Igreja São Gonçalo, caminhando até a galeria enquanto cantam músicas, simbolizando união e resistência. Na galeria, as roupas usadas serão penduradas em um cabideiro, onde ficarão expostas por 30 dias para que o público possa tocá-las, vestir-se e refletir sobre as vivências ali narradas.

Significado do local e convite à participação

Contagem, cidade onde Eugênia mora há 15 anos, foi escolhida como local de encerramento da caminhada e sede da exposição. Para ela, a escadaria da igreja e a Casa de Cultura Nair Mendes Moreira são espaços simbólicos que reforçam a persistência da violência doméstica ao longo do tempo.

“A escadaria da igreja é muito simbólica para mim. A Casa de Cultura é um espaço muito bonito, muito antigo. Eu sempre faço esse contraponto de a violência doméstica ser uma coisa tão antiga que persiste no tempo. O espaço nos receberá bem”, conclui Eugênia.

O evento tem entrada gratuita e acontece no sábado, dia 12 de julho, com performance às 15h e abertura da exposição às 17h.

Esse site usa cookies.

Nós armazenamos dados temporariamente para melhorar a sua experiência de navegação e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento.

Termos de uso & Política de privacidade