{{noticiaAtual.titulo}}

Fonte da imagem: https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2025/07/03/1000x1000/1_policia_mandante__convert_io_-55616159.jpg?20250703131906?20250703131906
Polícia soluciona assassinato de empreendedor digital quatro anos após o crime
Empresário é apontado como mandante de homicídio em Contagem após dívida de R$ 100 mil não ser quitada.
Depois de quatro anos de investigações, a Polícia Civil conseguiu desvendar o assassinato do empreendedor digital Marcos Danilo dos Santos Rocha, de 25 anos, morto a tiros em julho de 2021, na garagem de uma residência em Contagem. O crime foi resultado de uma trama envolvendo um empresário da construção civil e um de seus funcionários.
Contexto da amizade e do crime
Segundo a Delegacia de Homicídios de Contagem, comandada pelo delegado Ítalo Fernandes, a vítima e o mandante tornaram-se amigos cerca de seis meses antes do crime, após se conhecerem em um motoclube. As famílias chegaram a conviver juntas, e a proximidade levou o empresário a pedir R$ 100 mil emprestados à vítima, prometendo devolver o valor em até 60 dias.
Com o não pagamento, o empresário solicitou mais 30 dias, mas, mesmo assim, não cumpriu o acordo. O empreendedor digital, enfrentando dificuldades financeiras, precisou recorrer a um empréstimo com o sogro, pois o dinheiro seria utilizado para mobiliar sua nova casa. Sem receber o valor, ele tentou vender sua motocicleta, inclusive com auxílio do próprio empresário.
Detalhes da execução
O delegado informou que o empresário armou uma emboscada, envolvendo um de seus funcionários, um pedreiro com antecedentes criminais. Ele teria oferecido R$ 50 mil ao funcionário para executar o crime. O empresário chegou a orientar o pedreiro por meio de um celular comprado especificamente para as negociações, marcando encontros para a suposta venda da motocicleta da vítima.
No segundo encontro, realizado em uma casa no Bairro Tropical, a vítima foi surpreendida e assassinada a tiros pelo pedreiro, que fugiu utilizando uma motocicleta e arma fornecidas pelo mandante. Apesar da promessa, o executor nunca recebeu o valor combinado e continuou trabalhando na empresa até meados de 2023, quando precisou sair devido à exigência de antecedentes criminais para atuar em uma obra.
Investigação e conclusão do caso
O caso foi elucidado após extenso trabalho investigativo da Polícia Civil, incluindo análise de registros telefônicos e depoimentos de 15 testemunhas. Um número recorrente nas ligações da vítima chamou atenção, revelando a negociação para a venda da motocicleta. O pedreiro confessou o assassinato e relatou detalhes do crime à polícia, confirmando que agiu motivado pela proposta financeira.
De acordo com o delegado Ítalo Fernandes, "somente o inquérito, onde está toda a investigação, tem 500 mil páginas". A polícia também apurou que o mandante levava uma vida financeira desregrada, com muitas viagens ao exterior, o que teria motivado o pedido do empréstimo.
O delegado informou que em até 15 dias o processo será encaminhado à Justiça. Tanto o mandante quanto o executor do crime estão presos.