Um perfil no Instagram, criado por estudantes universitários, está utilizando Inteligência Artificial (IA) para simular a reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Goulart Almeida, em vídeos de divulgação. Apesar do caráter fictício das postagens, a universidade manifestou preocupação, considerando o episódio como "lamentável e inaceitável".

Reação da UFMG

A UFMG divulgou uma nota oficial esclarecendo que o perfil envolvido não tem qualquer relação com a instituição e anunciou a abertura de uma comissão de sindicância para investigar o caso. A universidade destacou que o material veiculado não apenas compromete a imagem da reitora, mas também propaga desinformação e contraria decisões internas, como a proibição de festas nos campi, estabelecida pelo Conselho Universitário.

Declarações da Reitoria

No comunicado, a UFMG salientou que tem promovido um debate crítico sobre as oportunidades e riscos associados ao uso da IA na sociedade. A reitoria reforçou que a liberdade de expressão é um valor fundamental, mas deve ser exercida com responsabilidade, especialmente no que diz respeito ao uso de novas tecnologias.

Compromisso com a Ética

A universidade lembrou a criação, em 2024, da Comissão Permanente de Inteligência Artificial, que visa incentivar o uso ético e responsável dessa tecnologia. "A UFMG não pode se omitir diante de declarações e conteúdos falsos disseminados por perfis anônimos", afirmou a nota, sublinhando a prioridade do combate à desinformação em um contexto de crescente manipulação digital.

Reações dos Estudantes

Nos comentários das publicações, os estudantes interagem com a versão criada com IA da reitora, carinhosamente chamada de "Sandrinha". Um aluno comentou: "E eu estou aqui só na espera do e-mail da 'Palestra de conscientização sobre o uso de IA' KKKKKKKKK". Outro acrescentou: "Sandrinha, gata, vai lá provar a água saborizada do RU e conta pra gente".

Investigações em Andamento

Até o momento, não há informações sobre a identidade dos criadores dos vídeos. A comissão de sindicância da UFMG irá investigar a origem dos conteúdos e avaliar possíveis medidas administrativas e judiciais pertinentes.