Durante uma visita a Belo Horizonte, na noite desta segunda-feira (2/6), o ministro dos Transportes, Renan Filho, discorreu sobre as obras na BR-381, conhecida como Rodovia da Morte. Ele revelou que as intervenções no trecho mais problemático, que liga a capital mineira a Caeté, na Região Metropolitana, estão previstas para começar no segundo semestre de 2025.

Detalhes das Obras

"No lote 8B, vão começar as obras em breve; a gente já está assinando o contrato. E o 8A está finalizando o processo licitatório. Nesses dois trechos, na saída aqui de Belo Horizonte, de BH até Caeté, (as obras) nos lotes 8A e 8B começarão no segundo semestre", declarou o ministro.

Desafios e Necessidades

Esses dois lotes contemplam obras complexas, devido a questões geológicas e à presença de cerca de 2 mil famílias vivendo em loteamentos irregulares nas proximidades da rodovia. A remoção e realocação dessa população foi identificada como um dos principais obstáculos que dificultam a participação do setor privado nas obras.

Informações sobre Licitação

O lote 8A, que vai de Ravena a Caeté, teve seu edital publicado em maio e previa o investimento de aproximadamente R$ 400 milhões. Oito empresas participaram do processo licitatório, e em 29 de agosto, a construtora potiguar Luiz Costa Ltda foi selecionada, oferecendo a melhor taxa de desconto, de 1,51% sobre o valor inicial.

Histórico de Concessões

Em fevereiro, o governo federal havia anunciado que a BR-381, no trecho entre BH e Governador Valadares, seria novamente objeto de leilão de concessão, pela terceira vez consecutiva. A principal estratégia para atrair empresas foi retirar os lotes 8A e 8B do cronograma de obras sob responsabilidade da concessionária, o que aconteceu após a finalização da licitação do lote 8A e do leilão da rodovia, um processo que já se arrasta há mais de uma década.

Problemas na Rodovia

Apesar de os 13 quilômetros do lote 8B serem curtos, eles apresentam uma série de problemas. O tráfego intenso é agravado pelas pistas simples da rodovia e pela proximidade das casas à pista, o que resulta em um aumento no número de acidentes e na presença de pedestres. Isso faz com que motoristas que se deslocam do Vale do Rio Doce até a capital levem quase o mesmo tempo para percorrer os cerca de 100 quilômetros entre Ipatinga e Ravena, como para o trajeto de menos de 20 quilômetros até BH.