O bolsonarismo poderá conquistar a maioria das cadeiras do Senado nas eleições de 2026, caso consiga repetir o desempenho extraordinário de quatro anos antes, em 2022. Contudo, para obter o número necessário para articular o impeachment de ministros do STF, que é uma meta declarada do grupo, será necessária uma vitória avassaladora e sem precedentes.

Disputa pelo Senado

A disputa pelo controle do Senado em 2026 é almejada não só por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, mas também por Lula (PT) e seus correligionários, que já recalculam suas estratégias para evitar a perda de influência na Casa. Observa-se que, em 2022, os aliados de Bolsonaro conseguiram obter 56% das cadeiras em disputa, mesmo após a derrota do ex-presidente na corrida presidencial. O Senado, que tem um mandato de oito anos, renovará 54 de suas 81 cadeiras em outubro de 2026.

Desafios para o Bolsonarismo

Para que o bolsonarismo assegure a maioria das vagas, será necessário conquistar 30 das 54 cadeiras disponíveis, o que representa uma taxa de sucesso de mais de 70%. Este objetivo se torna ainda mais complicado quando se considera a necessidade de eleger dois senadores em várias estados, além das dificuldades em algumas regiões do país, como no Norte e Nordeste, onde a vitória bolsonarista é considerada improvável.

Perspectivas Regionais

Em estados como a Bahia e o Maranhão, candidatos vinculados a Lula lideram as preferências eleitorais, enquanto em Goiás e Minas Gerais, o cenário também se mostra desafiador para o bolsonarismo. Em Goiás, por exemplo, um dos nomes mais fortes é ligado ao governador Ronaldo Caiado, que não apoia diretamente o ex-presidente Bolsonaro.

Conclusão

A expectativa de controle total do Senado pelo bolsonarismo depende de um desempenho ainda mais extraordinário do que o de 2022. O cenário político se mostra complexo e desafiador, com diversas variáveis que podem influenciar os resultados nas urnas.