O deputado Aliel Machado (PV-PR) precisou unir interesses de mundos distintos para aprovar no Congresso seu relatório sobre o mercado de carbono. Ele, que se considera um ambientalista, expressou orgulho em ter conseguido atender tanto as demandas de grupos indígenas quanto as de representantes do agronegócio, embora tenha reconhecido que o resultado final foi uma versão mais conciliatória do que a originalmente idealizada.

Diálogo Necessário

Aliado do governo, Machado avalia a dificuldade de comunicação entre os ambientalistas que compõem a gestão governamental. Ele mencionou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmando que “nem tanto ao céu, nem ao inferno. É preciso ter um diálogo”. O deputado destacou que Fernando Haddad, em suas participações, demonstrou ter uma habilidade maior para estabelecer esse diálogo do que a própria Marina.

Desafios nas Pautas Ambientais

Questões relacionadas à exploração na foz do Amazonas têm contribuído para isolar a ala ambientalista do governo. O próprio presidente Lula manifestou sua visão de que o Ibama está, de fato, agindo contra os interesses do governo e criticou a abordagem de Rodrigo Agostinho, insinuando que houve uma “lenga-lenga” para evitar a liberação de prospecções.