Dudu, atacante do Atlético, será julgado na próxima sexta-feira (18), às 10h, pela 5ª Comissão Disciplinar do STJD, por uma acusação de misoginia contra Leila Pereira, presidente do Palmeiras. O jogador enfrenta o risco de suspensão entre cinco e dez jogos, além de multa que pode chegar a R$ 100 mil.

Alegações da Procuradoria

A Procuradoria considera que Dudu cometeu infração prevista no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata da prática de atos discriminatórios, desdenhosos ou ultrajantes relacionados a preconceito por origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.

Ações judiciais paralelas

Recentemente, Dudu também apresentou uma queixa na 13ª Vara Criminal da Comarca de São Paulo contra Leila Pereira, por difamação e injúria, com uma audiência marcada para 26 de agosto.

Posicionamento do Atlético

Paulo Bracks, CSO do Atlético e ex-auditor do STJD, declarou em 25 de junho que, em sua visão, a atitude de Dudu não configura infração disciplinar passível de punição pelo órgão colegiado. Apesar disso, o departamento jurídico do clube acompanha o caso para oferecer suporte ao jogador.

Contexto do julgamento e próximos confrontos

O julgamento ocorrerá dois dias antes do jogo entre Atlético e Palmeiras no Allianz Parque, em São Paulo, válido pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Histórico do conflito

O conflito entre Dudu e Leila Pereira teve início no meio do ano anterior, quando o jogador foi anunciado pelo Cruzeiro, mas voltou atrás. Na ocasião, a presidente do Palmeiras pediu que Dudu honrasse o acordo com o clube celeste. A rivalidade reacendeu em novembro, com Dudu elogiando o ex-presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, antecessor de Leila.

Após o término do Brasileirão de 2024, Dudu e Palmeiras rescindiram o contrato. Em janeiro, Leila comentou que o atacante “saiu pela porta dos fundos”. Poucas horas depois, Dudu respondeu nas redes sociais com mensagens como “me esquece” e “VTNC”, o que levou Leila a processar o atleta, considerando sua resposta como “desproporcional e desrespeitosa”.