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Fonte da imagem: https://www.otempo.com.br/content/dam/otempo/editorias/mundo/2024/3/mundo-cuba-falta-de-energia-apagao-apagao-em-cuba-1713402905.jpeg
Produtores rurais enfrentam graves prejuízos devido à falta de energia em Minas Gerais
A escassez constante de eletricidade tem afetado a produção agrícola na região Central, causando danos significativos.
O distrito de Bananal, situado em Curvelo, na região Central de Minas Gerais, tem enfrentado episódios frequentes de falta de energia elétrica. Este problema se intensificou desde o final de dezembro e tem gerado consideráveis prejuízos para os produtores rurais, especialmente aqueles que trabalham com produtos perecíveis como leite e queijo.
Consequências Severas
Os agricultores têm relatado perdas financeiras que podem ultrapassar R$ 80 mil em um curto período. "Os relatos de falta de energia são constantes. Hoje temos relatos no distrito de Bananal, mas ontem era em São José da Lagoa e em outras localidades da região. Eu mesmo fiquei o dia todo sem eletricidade e sem telefone, e não há como acionar a Cemig", disse Tiago Guimarães, produtor de leite e presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Curvelo.
Problemas de Atendimento e Manutenção
Com aproximadamente 7 mil produtores associados ao sindicato, a maioria relata problemas recorrentes de desabastecimento elétrico. A dificuldade em contatar a Cemig, responsável pelo fornecimento na área, agrava a situação. "Quando você consegue fazer uma reclamação, há uma demora de até 48 horas para resolver o problema. Ficamos isolados. Além disso, o retorno da energia pode causar danos aos equipamentos devido à variação de tensão", completou Guimarães.
Alternativas e Custos Elevados
Para minimizar os impactos da falta de eletricidade, muitos produtores estão instalando geradores. No entanto, o custo de manutenção desses equipamentos é elevado. "Eu tenho um gerador porque sou produtor de leite, mas em dezembro fiquei sem energia por oito dias. Isso custou cerca de R$ 10 mil por dia em diesel, totalizando um prejuízo de mais de R$ 80 mil", lamentou Guimarães.
Sucateamento da Empresa e Falta de Investimentos
Emerson Andrada, coordenador do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais, afirma que a dificuldade de atendimento é consequência da terceirização das agências, o que resulta em um distanciamento entre a empresa e o consumidor. "Esses parceiros não têm a compreensão necessária sobre o restabelecimento de energia e, portanto, não conseguem informar ou encaminhar os problemas adequadamente", explicou.
Marcos Vinicius da Silva Bizarro, presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), acredita que os problemas em Curvelo e em outras cidades do interior são reflexos de um sucateamento histórico da Cemig. "Alertamos o governador e o presidente da Cemig sobre a situação. A empresa está necessitando de investimentos para reverter essa situação, que pode levar meses ou até anos para ser resolvida", concluiu.
Resposta da Cemig
A Cemig afirmou que está analisando os casos relatados pelos moradores e busca implementar medidas para normalizar o fornecimento de energia nas áreas afetadas o mais rapidamente possível. A reportagem também questionou o governo de Minas sobre a situação e aguarda um retorno.