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Moradores do bairro Cidade Nova em BH relatam aumento da insegurança
A região enfrenta uma média de quase 200 furtos por dia, gerando preocupação entre os residentes.
Moradores do bairro Cidade Nova, na região Nordeste de Belo Horizonte, denunciam o aumento da sensação de insegurança. Os residentes afirmam que os furtos têm sido constantes. Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) indicam que, de janeiro a abril de 2025, a capital mineira registrou 23.541 ocorrências de furto — uma média diária de 196 casos.
Caso Recente de Furto
Um dos episódios mais recentes ocorreu na última sexta-feira (6 de junho) com o comerciante Leonardo Drumond, de 45 anos. Enquanto jantava com a esposa em um restaurante, o vidro do carro dele foi estourado. "Parei o veículo na rua Pimenta da Veiga. Quando eu e minha companheira voltamos para ir embora, nos deparamos com aquela cena", relatou.
Imagens do Crime
Drumond conseguiu a gravação do circuito de segurança que mostra a ação dos suspeitos. As imagens registram dois homens em uma moto se aproximando do carro do comerciante. O garupa desce, quebra o vidro, pega a mochila e foge com o comparsa. A ação durou apenas 25 segundos. "Na mochila havia roupas, carregador de celular e fone de ouvido. O prejuízo estimado é de quase R$ 3 mil. A sensação é de que a gente fica de pés e mãos atadas. Fica também a frustração de não poder ter paz para sair para jantar sem que nada aconteça", lamenta Drumond.
Reação dos Moradores
Com a gravação do crime em mãos, o comerciante planeja procurar uma delegacia da Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência. Até o momento, março foi o mês com o maior número de furtos em Belo Horizonte em 2025, totalizando 6.740 casos.
Moradores da região pedem um reforço no policiamento diante da crescente insegurança. A psicóloga Rose Silveira, de 58 anos, que vive na área há quase quatro décadas, evita sair com dinheiro em certos horários. Ela observa que os furtos, como o de fios de cobre, têm se tornado frequentes. "A falta de policiamento efetivo transmite uma sensação constante de insegurança. Há uns cinco anos, lembro que havia mais viaturas circulando pelas ruas do bairro, principalmente à noite. Hoje não vejo mais", afirma.
Crescimento da Criminalidade
Outro morador, Abraão Camilo, de 60 anos, também nota que o aumento da população e do comércio no bairro não foi acompanhado por um aumento no policiamento. "Dependendo do horário, andar aqui é complicado. Eu até posso sair tranquilo à noite, mas, se minha mulher ou minha filha vão sair, bate a sensação de insegurança. Tem pouco policiamento", enfatiza.
Menelick Braga, de 65 anos, comerciante na rua Coronel Pedro Paulo Penido, relata que já presenciou furtos de carros em frente ao seu restaurante e confirma que a presença policial diminuiu. "Os criminosos quebram o vidro, abrem o carro e levam tudo que estiver à vista. Tenho a impressão de que as pessoas que cometem esses crimes não são da região", comenta.
Posicionamento da Polícia
A Polícia Militar foi contactada pela reportagem para se manifestar sobre a segurança no bairro Cidade Nova, mas ainda não respondeu.