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Laranjais ajudam a retirar carbono da atmosfera no cinturão citrícola do Brasil
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Laranjais ajudam a retirar carbono da atmosfera no cinturão citrícola do Brasil

Estudo da Embrapa revela que pomares fixam 2 toneladas de carbono por hectare ao ano, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas

Por Admin

10/07/2025 06:01 · Publicado há 17 horas
Categoria: Outros

Pesquisadores da Embrapa Territorial e do Fundecitrus descobriram que uma laranjeira fixa em média 4,28 quilos de carbono por ano em sua biomassa nos pomares comerciais do cinturão citrícola brasileiro, área que compreende o estado de São Paulo e o Sudoeste/Triângulo Mineiro. O estudo, apoiado pelo Fundo de Inovação para Agricultores da empresa innocent drinks, do Reino Unido, foi publicado na revista científica Agrosystems, Geosciences & Environment.

Capacidade de fixação de carbono dos pomares

Os resultados mostraram que cada hectare de produção de frutas cítricas nessa região remove, em média, 2 toneladas de carbono da atmosfera por ano. Esse dado é de grande importância diante da urgência em reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) para enfrentar as mudanças climáticas.

"Ao retirar o gás carbônico (CO2) da atmosfera por meio da fotossíntese, as laranjeiras fixam o carbono nas folhas, galhos, tronco e raízes, e também no solo, anualmente, com a decomposição de folhas, raízes finas e restos das podas. Comparados a culturas como soja, milho e pastagens, os pomares de laranja têm uma capacidade muito maior de armazenar carbono, funcionando como um grande reservatório, o que contribui significativamente para a mitigação da mudança do clima", explica o pesquisador Lauro Rodrigues Nogueira Júnior.

Impacto das laranjeiras na neutralização de emissões

A estimativa média é que cada árvore de laranja possa neutralizar o equivalente a 10 dias de emissões de gases de efeito estufa de um brasileiro. As 162 milhões de árvores com mais de três anos, cultivadas em 337 mil hectares nos estados de São Paulo e Minas Gerais, armazenam juntas cerca de 8,4 milhões de toneladas de carbono.

Metodologia da pesquisa

As estimativas foram obtidas por meio de medições em campo, análises laboratoriais, imagens de satélite e modelagem de dados. Os pesquisadores mediram diretamente 80 laranjeiras e coletaram dados biométricos em mais de 1.300 árvores cultivadas em diferentes regiões do cinturão citrícola. Com essas informações, estimaram a biomassa das árvores e seu estoque de carbono.

Segundo o artigo, cada laranjeira armazena, em média, 52 quilos de carbono na biomassa viva, considerando folhas, galhos, troncos e raízes. Isso equivale a 25 toneladas por hectare, valor superior ao adotado nos inventários oficiais de gases de efeito estufa no Brasil, que utilizam uma estimativa genérica de 21 toneladas por hectare para culturas perenes.

"Os resultados apresentados pela pesquisa podem servir como uma linha de base do setor citrícola, melhorar as estimativas de emissões do setor, bem como apoiar mensurações de estoques de carbono em pomares de laranjas de produtores e empresas que queiram acessar o mercado de carbono", avalia Lauro.

Além da publicação científica, os dados primários do estudo estão reunidos em um painel interativo desenvolvido pela Embrapa Territorial, disponível online. A ferramenta reúne os modelos alométricos gerados e permite consultas por variedade e classe de idade das árvores.

Estoque total de carbono no cinturão citrícola

A pesquisa também estimou o estoque total de carbono no cinturão citrícola, considerando a biomassa das laranjeiras, o carbono orgânico do solo e a vegetação nativa preservada nas propriedades. São 36 milhões de toneladas de carbono estocadas, representando o equivalente a 133 milhões de toneladas de CO2 que deixaram de ser lançadas na atmosfera.

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