{{noticiaAtual.titulo}}

Fonte da imagem: https://www.otempo.com.br/content/dam/otempo/editorias/economia/2024/4/economia-inflacao-desacelera-1714199311.jpeg
Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 5,18% em 2025
Boletim Focus traz estimativas atualizadas para inflação, PIB e taxa Selic com projeções para os próximos anos
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do Brasil, foi ajustada de 5,2% para 5,18% para o ano de 2025, representando a sexta redução consecutiva dessa estimativa, conforme divulgado no Boletim Focus do Banco Central nesta segunda-feira (7), em Brasília. Para o ano de 2026, a previsão de inflação permanece em 4,5%, enquanto para 2027 e 2028 as projeções são de 4% e 3,8%, respectivamente.
Meta de inflação e comportamento recente
A estimativa para 2025 ainda está acima do teto da meta de inflação que o Banco Central deve perseguir, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que configura um limite inferior de 1,5% e superior de 4,5%. Em maio, o IPCA registrou uma inflação de 0,26%, uma desaceleração em relação a abril, quando o índice foi de 0,43%. No acumulado do ano, a inflação atingiu 2,75% e nos últimos 12 meses 5,32%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Política de juros e medidas do Banco Central
Para tentar controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, que está em 15% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Apesar da recente redução da inflação, o Copom elevou a taxa em 0,25 ponto percentual na última reunião, o sétimo aumento consecutivo, como parte do ciclo de aperto da política monetária. O Comitê indicou que pretende manter os juros neste nível nas próximas reuniões para avaliar os efeitos dessa alta, mas não descartou novos aumentos caso a inflação volte a subir.
O mercado financeiro prevê que a taxa Selic encerre 2025 em 15% ao ano, com expectativa de queda para 12,5% ao ano em 2026 e para 10,5% em 2027, chegando a 10% em 2028. Os aumentos na taxa Selic visam conter a demanda aquecida, tornando o crédito mais caro e incentivando a poupança, o que impacta os preços. Já quando a Selic é reduzida, o crédito tende a ficar mais barato, estimulando a produção e o consumo, mas também podendo pressionar a inflação para cima.
Previsões para o PIB e câmbio
A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025 foi ligeiramente revista para cima, de 2,21% para 2,23%. Para 2026, a previsão foi ajustada para baixo, de 1,87% para 1,86%, enquanto para 2027 e 2028 espera-se um crescimento de 2% em cada ano. O crescimento econômico em 2025 tem sido impulsionado pela agropecuária, que apresentou expansão de 1,4% no primeiro trimestre, segundo dados do IBGE. Em 2024, o PIB cresceu 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento e a maior alta desde 2021, quando foi registrado 4,8%.
Quanto à cotação do dólar, a previsão do mercado é que a moeda americana fique em R$ 5,70 no final de 2025, subindo para R$ 5,75 no final de 2026.