A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais inicia nesta sexta-feira (4/7) uma turnê inédita, marcada por apresentações gratuitas em praças de cidades do interior do estado. A estreia ocorre em Diamantina e o programa, chamado “Serenatas e serestas”, propõe um diálogo entre peças consagradas do repertório clássico e da música popular brasileira.

O Programa e Suas Inspirações

Segundo o maestro associado José Soares, responsável pela regência de todos os concertos, a iniciativa explora a conexão entre dois universos musicais próximos. “São obras efetivamente de orquestra que unem dois ‘parentes’, que têm a mesma ancestralidade, gêneros mais próximos do que as pessoas imaginam”, explica o regente. Entre os destaques do repertório estão a "Pequena serenata noturna" de Mozart, "Serenata para cordas" de Dvorák e Tchaikovsky, além das "Danças folclóricas romenas" de Bartók, ponte entre o erudito e as tradições regionais.

Participação do Público e Clássicos Populares

No encerramento de cada concerto, o público é convidado a cantar junto músicas como "Luar do sertão", "Azulão", "Flor amorosa" e "No rancho fundo". O repertório ainda contempla canções simbólicas para Minas Gerais, como "Oh, Minas Gerais" e "Peixe vivo", esta última preferida do ex-presidente Juscelino Kubitschek e símbolo de Diamantina.

Itinerário da Turnê

O programa “Serenatas e serestas” será apresentado também em Brumadinho, Santa Bárbara e Congonhas, enquanto cidades como Governador Valadares, Pouso Alegre e Araxá receberão concertos com grandes clássicos da música orquestral, incluindo obras de Wagner, Smetana, Saint-Saëns, além de composições de Milton Nascimento orquestradas por Nelson Ayres.

Agenda das Apresentações

Diamantina: 4/7, 20h10, Praça do Largo Dom João
Brumadinho: 11/7, 20h, Praça Orides Parreira
Santa Bárbara: 18/7, 19h30, Praça da Estação
Governador Valadares: 19/7, 20h, Praça da Estação
Pouso Alegre: 16/8, 19h, Pátio da Rodoviária
Araxá: 6/9, 20h, Fundação Cultural Calmon Barreto
Congonhas: 27/9, local e horário a confirmar

Tradição e Identidade Mineira

De acordo com José Soares, o objetivo é exaltar a força da melodia presente tanto na música erudita quanto na canção popular, ressaltando a tradição e a identidade cultural de Minas Gerais. "A ideia é mostrar o impacto melódico das canções, que seguem como um símbolo da tradição de Minas", afirma o maestro.