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As tais casas de apostas: ao vencedor, as batatas...
Artigo discute a influência das casas de apostas e suas consequências sociais, abordando a ilusão do ganho fácil e o impacto nas famílias brasileiras.
No artigo, o autor faz uma análise crítica sobre o fenômeno das casas de apostas, utilizando o conceito machadiano de “ao vencedor, as batatas” para ilustrar a dinâmica de competição e exclusão social presente tanto na literatura quanto na sociedade atual.
Contexto literário e sociedade
Baseando-se na obra de Machado de Assis, especialmente na filosofia fictícia do humanitismo descrita por Quincas Borba, o texto mostra como a lógica de vencer a qualquer custo legitima a exclusão do outro e alimenta o egoísmo social. O autor ressalta que, segundo essa perspectiva, "ao vencedor, as batatas!", enquanto o perdedor é descartado, numa crítica à naturalização das desigualdades.
Atualização para o cenário atual
O texto associa esse pensamento à atuação das casas de apostas esportivas, que patrocinam clubes e programas e são divulgadas por influenciadores. Essas plataformas seduzem com promessas de riqueza fácil, mas acabam por comprometer parte significativa do orçamento das famílias, especialmente as de menor renda. Segundo o autor, o Brasil ainda carece de uma regulação eficaz sobre apostas, diferentemente de países que já restringiram propagandas desse tipo.
Exemplos midiáticos e referências culturais
O artigo faz paralelo com a série “Round 6”, em que participantes endividados arriscam a vida em busca de uma fortuna, ressaltando a precariedade da suposta liberdade de escolha diante da miséria. O mesmo ocorre nas apostas, onde a esperança é manipulada e muitos acabam em situações ainda piores. O texto também cita a música “Construção”, de Chico Buarque, e o filme “O poço”, reforçando a reflexão sobre a exploração dos sonhos e da vulnerabilidade social.
Reflexão final
Para o autor, antes de ceder à tentação do ganho fácil, é fundamental refletir sobre como a esperança pode ser fabricada e usada para enganar, levando muitos a agradecerem pelo pouco que recebem, mesmo quando estão sendo prejudicados. Finaliza com uma referência cultural às festas juninas e à importância de manter tradições, mesmo diante das adversidades.