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Comerciantes relatam abusos da polícia no Aglomerado da Serra
Audiência pública discutirá os casos de violência policial na Praça do Cardoso em Belo Horizonte.
Na Praça do Cardoso, em Belo Horizonte, comerciantes estão levantando vozes contra uma série de abusos e violência perpetrados pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. As queixas incluem restrições à circulação de pedestres e motoristas, fechamento arbitrário de estabelecimentos e agressões verbais e físicas durante operações da polícia, especialmente em épocas de grande movimento, como feriados e eventos.
Denúncias de abusos
Moradores e comerciantes da região, que preferem se manter anônimos por temor de represálias, relataram ao Estado de Minas que as ações violentas se intensificam em datas festivas. Um comerciante, que opera na Praça do Cardoso há cinco anos, descreveu a mais recente abordagem policial durante o carnaval, onde os agentes teriam agido de maneira truculenta. "Muitos clientes e funcionários foram agredidos, e uma funcionária grávida passou mal devido ao uso de spray de pimenta pela polícia", afirmou.
Expectativas para a audiência pública
As alegações de abusos de direitos humanos serão discutidas em uma audiência pública marcada para o dia 22 de abril na Câmara Municipal. O evento será conduzido pela Comissão de Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor, após um pedido do vereador Pedro Rousseff (PT), que se mostrou solidário às reclamações dos comerciantes e líderes comunitários.
Licenciamento e burocracia
Outro ponto crucial é a dificuldade que os comerciantes enfrentam para obter licenças de funcionamento, um obstáculo que contribui para a instabilidade dos seus negócios. Atualmente, nenhum comerciante na Praça do Cardoso está regularizado, uma situação que, segundo eles, se deve a exigências excessivas impostas pela Prefeitura de Belo Horizonte. O vereador Pedro Rousseff criticou a falta de sensibilidade da administração municipal em resolver essa questão, que afeta a principal fonte de sustento de muitos trabalhadores na área.
Resposta da Prefeitura e da PM
Em resposta às queixas, a Prefeitura de Belo Horizonte declarou que não existem regras específicas sobre os horários de funcionamento dos food trucks e trailers na Praça do Cardoso. Por sua vez, a Polícia Militar informou que se pronunciará somente durante a audiência pública marcada para discutir a situação.