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Terreiro de Umbanda celebra 75 anos em festa comunitária
Casa Ogum e Seara de Mestre Sibamba recebe autoridades e a população para comemorar sua trajetória histórica.
Um dos primeiros terreiros de umbanda em Belo Horizonte, a Casa de Pai Ogum e Seara do Mestre Sibamba, completou 75 anos neste sábado (15 de fevereiro) em uma festa que abriu as portas para a comunidade e recebeu a presença de autoridades políticas como o vereador Pedro Rousseff (PT); o secretário adjunto de segurança e prevenção da capital mineira, Genilson Zeferino; e a ouvidora nacional de direitos humanos, Denise Antonio de Paulo; além de representantes de outras religiões com atuação no bairro Dom Bosco, região Noroeste, e de diversos terreiros espalhados pela cidade.
Comemorações e Legado
No altar, enfeitado com imagens de entidades da umbanda e de santos católicos, Pai William, atual líder religioso do espaço, lembrou que, mais do que a história da Casa, a data é para lembrar o legado deixado por Mãe Glória, fundadora do espaço, que foi o primeiro imóvel do bairro Dom Bosco. “Nesse contexto de fé e resistência estamos hoje inaugurando um memorial em homenagem à Mãe Glória”, disse William.
Desafios e Avanços
Ele destacou que esse legado de resistência do terreiro é das religiões afro-indígenas e ainda precisa de políticas públicas para se manter. Ao longo dos anos em que Mãe Glória esteve à frente da Casa, foram mais de mil filhos de mãe Glória e 270 iniciações que aconteceram no terreiro. Contudo, desafios persistem. “Nesses 75 anos melhorou a questão do preconceito. Mas ainda há uma luta muito grande para ocupamos o nosso espaço. Na nossa liturgia, a rua, a encruzilhada, o rio, a cachoeira, fazem parte da nossa liturgia e precisamos ocupar novamente esse lugar”, afirmou Pai William.
Palavras de Apoio
O secretário de segurança, Genilson Zeferino, lembrou que a resistência será uma constante. “Vivemos em um país que tem o racismo estrutural, e uma das formas de combater o racismo é investir nas religiões de matriz africana. Essa guerra (contra as religiões africanas), que não é santa, mas que é articulada, precisa ser combatida com mobilização, articulação e exaltando a resistência como aqui hoje, nesta Casa, neste terreiro”, declarou.
Aberto à Comunidade
O evento começou com uma louvação a Exu e seguiu com homenagens dentro do terreiro. Pai William reforçou que as portas da comunidade estão abertas para qualquer pessoa que queira conhecer a religião.