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Lula assume protagonismo e responde a críticas em entrevista
Presidente busca aproximar-se da mídia e admite dificuldades enfrentadas por seu governo
Com a popularidade em constante queda, a inflação alta e o recuo sobre a fiscalização do Pix, que impactou fortemente a imagem do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a linha de frente para rebater críticas e esclarecer pontos que provocaram crises, de olho nas eleições de 2026.
Nova estratégia de comunicação
Sob orientação do novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, o chefe do Executivo deu uma longa entrevista coletiva, nesta quinta-feira, na qual abordou uma série de assuntos, que foram da economia à política externa.
Reconhecimento das dificuldades
Lula reconheceu que o povo tem razão em estar insatisfeito com o governo, que "não está entregando aquilo que prometeu". Disse, no entanto, não estar preocupado com resultado de pesquisas. "Eu dizia para o Pimenta (Paulo Pimenta, ex-chefe da Secom): não se preocupe com pesquisa, porque o povo tem razão. A gente não está entregando aquilo que a gente prometeu. Então, como o povo vai falar bem do governo se a gente não está entregando?".
Desafios da economia
Um dos principais desafios para o governo é a alta dos alimentos, cujos preços subiram mais de 8% no ano passado, motivados principalmente por eventos climáticos extremos. Lula convocou reuniões com seus ministros para tratar do tema e anunciou a redução da alíquota de importação para alimentos que estiverem mais baratos no mercado externo.
Respostas sobre combustíveis e juros
Sobre o possível aumento do diesel pela Petrobras — que vem sendo especulado devido à defasagem de 22% do preço interno em relação ao mercado externo —, Lula negou saber sobre o reajuste. Ele afirmou ainda que, caso haja movimentação de caminhoneiros insatisfeitos com o aumento dos combustíveis, vai chamar a categoria para dialogar.
Defesa do ministro da Fazenda
Lula defendeu o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, apesar de a autoridade monetária ter aumentado a taxa de juros, para 13,25%. A elevação da Selic foi reiteradamente criticada por Lula quando o BC estava sob a gestão de Roberto Campos Neto.
Futuro do governo
O chefe do Executivo frisou que, em 2024, o governo atingiu 0,1% (do PIB) de déficit primário, o que foi motivado pelo aumento na arrecadação. Para Lula, o número "é zero", e ele negou que tenha havido um buraco nas contas públicas em sua gestão, ressaltando que "rombo fiscal existiu no governo passado, de quase 2,6%".
Respostas a críticas
Lula também respondeu a críticas do presidente do PSD, Gilberto Kassab, que afirmou que o petista perderia caso as eleições fossem hoje. O presidente ironizou a afirmação, destacando que as eleições estão a dois anos de distância.