A busca pelo homem de 50 anos acusado de matar o próprio filho de 9 anos em Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha, chegou ao seu 10º dia nesta segunda-feira, 24 de março. Após cometer o crime, o suspeito enviou um áudio pelo WhatsApp relatando que disparou um tiro na cabeça da criança.

Esforços das autoridades nas buscas

As operações estão concentradas em uma extensa área de mata na região, porém a Polícia Militar enfrenta obstáculos devido a informações desencontradas. "Nossa grande dificuldade é a informação, que chegam muitas informações truncadas, mas nunca acha a fonte. A pessoa fala que quem informou foi fulano, mas nunca acha quem passou. Mas nada concreto, essa tem sido uma das grandes dificuldades. Não temos achado vestígios também, procuramos na mata para ver se achava algo relacionado ao corpo, mas também sem sucesso", relatou o tenente Cássio Tameirão.

A polícia não descarta a possibilidade de o suspeito estar morto. Apesar das dificuldades, as buscas continuam e as autoridades solicitam informações confiáveis da população, que pode entrar em contato com a Polícia Militar ou a Polícia Civil. Familiares do suspeito, incluindo irmãos, têm colaborado apontando possíveis locais onde ele possa estar, especialmente em áreas de mata conhecidas pela família.

Contexto do crime

O corpo da criança foi encontrado na manhã de sábado, 15 de março, no distrito de Várzea de Santo Antônio. No áudio enviado aos familiares, o suspeito confessou o crime. A perícia constatou que a criança apresentava um ferimento na região temporal, entre os olhos e a orelha, causado por um disparo de arma calibre 22, que ainda não foi localizada.

Segundo a Polícia Militar, o homem sequestrou o filho porque não aceitava o fim do relacionamento com a mãe da criança. Ele enviou um áudio ameaçando matar o menino, além de afirmar que tiraria a própria vida após cometer o ato. A família procurou o Conselho Tutelar no dia 14 de março após receber o áudio, o que levou à comunicação do caso à polícia e ao início das buscas.

Ações e investigações em andamento

Na manhã seguinte ao desaparecimento, um familiar avisou a polícia sobre a localização do corpo na mata. A perícia da Polícia Civil foi acionada para remover o corpo ao IML, onde exames confirmaram a causa da morte. As investigações seguem para tentar localizar o suspeito, que possui histórico de denúncias por violência doméstica e foi preso em 2022 pelo mesmo tipo de crime.

Por nota, a Polícia Civil confirmou que o caso está sendo investigado.