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Setor de café especial busca novos mercados para superar alta tarifária nos EUA
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Setor de café especial busca novos mercados para superar alta tarifária nos EUA

Bioma Café conquista reconhecimento nacional e internacional enquanto enfrenta desafios com tarifas americanas

Por Admin

18/07/2025 06:30 · Publicado há 2 horas
Categoria: Economia

O aumento constante no consumo de cafés especiais globalmente tem aberto novas oportunidades para os produtores brasileiros, que agora buscam diversificar seus mercados diante do recente aumento de tarifas de importação aplicadas pelos Estados Unidos, principal destino do café nacional.

Crescimento e desafios do mercado

Em 2024, as exportações de cafés especiais cresceram 31%, e a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) previa uma expansão adicional de 30% para 2025, impulsionada por países como China, Sudeste Asiático e Oriente Médio. Contudo, com a sanção tarifária de 50% anunciada pelo governo americano para entrar em vigor em 1º de agosto, o setor deverá ajustar suas estratégias para manter o crescimento, ampliando a presença em mercados emergentes e consolidando-se em países tradicionais como Canadá, Japão e Europa.

Bioma Café e o reconhecimento internacional

Marcelo Nogueira, sócio-fundador da Bioma Café, localizada em Campos Altos (MG), destaca o impacto do título de melhor café do Brasil, conquistado na etapa nacional da competição Cup of Excellence 2024, que também rendeu o segundo lugar mundial à fazenda. Com uma pontuação recorde de 93,14 pontos, o prêmio aumentou o interesse internacional pelo café especial da fazenda.

“O prêmio abriu o mercado para nosso café especial. Cresceu muito o interesse em vários países”, afirma Nogueira, que já intensificou negociações com compradores de Dubai, Singapura e outras regiões.

Estratégias para expansão internacional

A Bioma Café exporta atualmente 90% da sua produção, com os Estados Unidos e Canadá como principais compradores, e mantém 10% para o mercado brasileiro. Nogueira ressalta a preocupação com a tarifa de 50%, que dificulta a competitividade do produto nos EUA: “A gente espera que o governo busque diálogo nesse conflito, porque a taxação de 50% torna o produto impraticável para os americanos, e não dá para diminuir o valor da saca para compensar. É preocupante”.

Para ampliar os mercados, a fazenda contratou a Q-grader Cecília Sanada, especialista com 18 anos de experiência na avaliação sensorial de cafés especiais, e projeta uma safra de 8.000 a 9.000 sacas em 2025, com 55% dos grãos em qualidade superior.

Ações da BSCA e mercado internacional

A BSCA tem trabalhado em parceria com entidades como a Specialty Coffee Association (SCA) e a ApexBrasil para fomentar o consumo de cafés especiais no Brasil e no exterior. Destaca-se a expectativa de alcançar 150 mil sacas exportadas para a China e pelo menos 500 mil para o Oriente Médio em 2025, regiões que apresentam crescimento anual de cerca de 30% no consumo desse tipo de café.

Consumo interno e cultura do café especial

Apesar do crescimento nas exportações, o consumo interno brasileiro avança em ritmo lento. Cecília Sanada observa que o consumidor nacional ainda está em processo de adaptação ao café especial: “É uma mudança de cultura que leva mais tempo. Ainda falta informação, conhecimento, para comprar o produto”.

O diretor executivo da BSCA, Vinicius Estrela, destaca as iniciativas conjuntas para fortalecer o setor tanto para os consumidores internos quanto externos.

Características e certificações do café especial

Cafés especiais são definidos por notas acima de 80 na escala da Specialty Coffee Association (SCA), que avalia sabor, acidez, aroma e ausência de defeitos. Além da qualidade sensorial, o processo produtivo exige técnicas de rastreabilidade, responsabilidade social e práticas sustentáveis.

A região do Cerrado mineiro, onde está localizada a fazenda Olhos D’Água da Bioma Café, é reconhecida mundialmente e foi a primeira Denominação de Origem (DO) no Brasil para cafés. Na edição 2024 da Cup of Excellence, 13 amostras do Cerrado foram finalistas, reforçando sua posição como referência na produção de cafés especiais.

Para obter a certificação DO, as fazendas devem atender a critérios quanto à localização, altitude (800 a 1.300 metros) e práticas agrícolas de qualidade.

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