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Montadoras brasileiras pedem barreiras contra veículos chineses
Indústria automotiva nacional busca ações para evitar práticas desleais de concorrência por parte de fabricantes chineses.
A associação que representa as montadoras de veículos no Brasil está cogitando entrar em contato com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) para investigar possíveis práticas de dumping, que consistem na venda de produtos a preços abaixo do mercado, por parte das montadoras chinesas que atuam no país. Este movimento surge em um contexto de preocupação com o avanço das fabricantes chinesas, como BYD e GWM, que estão se estabelecendo no Brasil e planejam iniciar a produção local de veículos elétricos neste ano.
Posição da Anfavea
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), afirmou em nota que estão sendo realizados estudos sobre a situação e que a associação defende tanto a livre concorrência quanto a prevenção de ações que possam prejudicar o mercado automotivo brasileiro. A Anfavea representa grandes montadoras como Volkswagen, Toyota, e Ford, que têm investido na produção de veículos elétricos e híbridos.
Desafios do mercado elétrico
Ricardo Bastos, presidente da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), destacou que qualquer medida que a Anfavea esteja considerando em relação aos veículos eletrificados será limitada pela produção local das montadoras chinesas. A GWM deve iniciar suas atividades na fábrica de Iracemápolis, em São Paulo, em maio, enquanto a BYD planeja começar a produção em Camaçari, na Bahia, no segundo semestre deste ano.
Reação das montadoras chinesas
A BYD, por sua vez, negou categoricamente qualquer prática de dumping, afirmando que é uma empresa brasileira e que sua fábrica na Bahia contribui com a produção local. A empresa criticou as montadoras tradicionais por supostamente tentarem esconder sua falta de competitividade.
A GWM, também em resposta à pressão, afirmou que está seguindo rigorosamente as regras internacionais e a legislação brasileira. A empresa apontou que vem intensificando suas contratações no Brasil para acompanhar o início da produção local.
Histórico de medidas antidumping
Esse não é o primeiro movimento da Anfavea nesse sentido. No final de junho do ano passado, a associação solicitou ao governo a elevação imediata da alíquota de importação de veículos híbridos e elétricos para 35%. Recentemente, um plano foi estabelecido para aumentar essa tarifa gradualmente até atingir 35% em 2026, como parte do programa Mover, voltado para a mobilidade sustentável e verde.