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Exército de Israel mata 22 civis após acordo de retirada do Líbano
Conflito se intensifica enquanto civis tentam retornar a suas casas na região sul do Líbano
O Exército de Israel matou ao menos 22 civis que tentavam voltar a suas casas no sul do Líbano neste domingo (26), dia em que as forças de Tel Aviv deveriam completar sua retirada da região segundo o acordo acertado com o grupo Hezbollah e o governo de Beirute há dois meses. Mais de 120 pessoas ficaram feridas em diversas aldeias, segundo o Ministério da Saúde libanês.
Contexto do Conflito
O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, já havia declarado que não respeitaria o prazo da retirada e acusou Beirute de provocar a situação. Segundo os israelenses, o Exército do Líbano não tomou suas posições totalmente na área tampão designada no acordo, que se estende por 35 km de profundidade entre a fronteira dos dois países e o rio Litani. Beirute, por sua vez, nega essa acusação, afirmando que o Estado judeu está retardando a retirada, dificultando a posição de suas tropas.
Desdobramentos Recentes
A área em questão era ocupada pelo Hezbollah, que sofreu um ataque militar severo de Israel a partir do final de setembro. Este conflito é visto como a culminação de quase um ano de escaramuças que se intensificaram após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. O Hezbollah, que é aliado do grupo terrorista palestino, recebe apoio do Irã.
Retorno dos Deslocados e Conflito em Curso
Após um cessar-fogo em novembro, cerca de um milhão de deslocados internos começaram a tentar retornar às suas casas. Contudo, Israel advertiu que isso não deveria ocorrer até que a retirada estivesse completa, o que levou ao surgimento de novos confrontos. As Forças de Defesa de Israel acusaram o Hezbollah de incitar a crise, ao mesmo tempo em que o grupo apontou o governo libanês como responsável pelo cumprimento do acordo.
Reação do Governo Libanês
O deputado Hassan Fadlallah expressou que "queremos que o Estado faça seu papel", o que é um apelo ao novo presidente do Líbano, Joseph Aoun, que foi comandante do Exército antes de sua eleição. Aoun busca fortalecer o controle do governo sobre o país, que esteve sob a influência do Hezbollah e do Irã por anos. Ele nomeou um premiê sem vínculos com o grupo, algo incomum, e pediu que "os moradores do sul exerçam autocontrole" diante da crise.