BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (25) a troca no comando do Ministério da Saúde. Nísia Trindade deixará a chefia da pasta, que será assumida por Alexandre Padilha, atual ministro de Relações Institucionais.

Motivos da Demissão

O presidente se reuniu na tarde desta terça-feira, 25 de fevereiro, com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e a comunicou sobre a substituição na titularidade da pasta, que será ocupada por Alexandre Padilha a partir da posse marcada para a quinta-feira, dia 6 de março. A nota da Secretaria de Comunicação (Secom) destacou que "o presidente agradeceu à ministra pelo trabalho e dedicação à frente do ministério".

Críticas e Pressões

Desde o início do governo, Nísia enfrentou críticas de congressistas, integrantes do governo e até do próprio presidente Lula. O petista a cobrava pela falta de uma gestão mais impactante, semelhante a iniciativas como o Mais Médicos e o Farmácia Popular, implementadas em administrações anteriores. Além disso, a falta de força para gerenciar crises também foi um fator que contribuiu para a decisão.

Escolha de Padilha

Alexandre Padilha, que já foi ministro da Saúde entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2014, foi apresentado como a solução por diversos aliados, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A escolha de Lula foi interpretada como uma vitória para Haddad, ao mesmo tempo que o Centrão pressionou pela troca de Nísia, principalmente devido à gestão do orçamento significativo da pasta.

Expectativas Futuras

Agora, Padilha terá a tarefa de navegar em um ambiente político desafiador, onde já enfrentou críticas por sua falta de habilidade política durante suas funções anteriores. Com a nova mudança, espera-se que ele possa estabelecer um relacionamento mais efetivo com o Congresso Nacional e atender às demandas urgentes na área da saúde.