Morreu neste domingo (16/02) uma das vítimas do incêndio na fábrica de fantasias e uniformes militares Maximus Confecções, situada em Ramos, zona norte do Rio de Janeiro. Rodrigo de Oliveira, que não teve idade divulgada, estava hospitalizado desde a quarta-feira (12/02), dia do acidente. Ele foi internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, para onde outras sete vítimas do incêndio também foram levadas.

Número de Vítimas

O governo do estado informou que uma mulher foi transferida da unidade. Dos seis pacientes que permanecem internados no Getúlio Vargas, cinco encontram-se em estado grave - três mulheres e dois homens. Uma mulher melhorou e apresenta quadro de saúde estável. Ao todo, 21 pessoas ficaram feridas na tragédia, todas apresentando inalação de fumaça tóxica e queimaduras nas vias aéreas.

Contexto do Incêndio

A fábrica Maximus Confecções era responsável pela confecção de fantasias para o Império Serrano e outras escolas de samba da Série Ouro. O responsável pela empresa, Hélio Oliveira, afirmou que está prestando assistência aos funcionários. O incêndio iniciou logo após o início do turno matutino. No momento do incêndio, havia pelo menos 50 pessoas no local, que tinham permanecido lá devido ao trabalho em turnos de 24 horas.

Condições de Segurança

O prédio, que possui cerca de 500 metros quadrados e três andares, não tinha alvará de funcionamento do Corpo de Bombeiros, conforme informações da corporação. Entretanto, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirmou que a fábrica possuía o alvará municipal. A Polícia Civil já verificou a existência de uma ligação clandestina de energia no local e determinou a interdição da fábrica para a apuração de possíveis ilícitos, assim como para garantir o cumprimento de requisitos de segurança e preservação do local. A investigação está sendo conduzida pela 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso).

Investigação do Ministério Público do Trabalho

Além da polícia, o Ministério Público do Trabalho também iniciou uma investigação para verificar as condições laborais dos funcionários da fábrica. As escolas de samba mais afetadas pela perda de fantasias, como o Império Serrano, Unidos da Ponte e Unidos de Bangu, não sofrerão rebaixamento em suas categorias, conforme decidido pela Liga RJ, organizadora do grupo de acesso.