BRASÍLIA - O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar, neste sábado (15), as urnas eletrônicas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Às vésperas da Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar a denúncia contra o ex-presidente e integrantes do seu governo, Bolsonaro fez uma live com apoiadores brasileiros que moram nos Estados Unidos.

Denúncias sem Provas

Sem apresentar provas, ele acusou o TSE de receber verba de outro país para promover uma campanha destinada a jovens de 16 anos a tirarem o título de eleitor, que ele considerou uma ação "massiva em cima dessa garotada". "Eles [TSE] fizeram uma campanha, aí sim, pode ter dinheiro de fora", disse Bolsonaro.

Impacto nas Eleições

Todo ano eleitoral, o TSE realiza campanhas para incentivar os jovens a se registrarem para votar. Bolsonaro afirmou que "três, de cada quatro jovens" dessa faixa etária tendem a votar na esquerda, insinuando que, por isso, o TSE teria contribuído com dois milhões de votos para o Lula. "Se o TSE, que devia fiscalizar, usou o recurso de fora para fazer esse tipo de campanha, eu não sei o que vai acontecer aqui", acrescentou.

Expectativas Jurídicas

A postura de Bolsonaro surpreendeu, uma vez que ele seguia a orientação de seus advogados de não criticar o STF, já que deve ser julgado pela Corte ainda neste ano. Em Brasília, aguarda-se a denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que deve ser apresentada na próxima semana. A Polícia Federal indiciou Bolsonaro e mais 39 pessoas por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.