A dois meses do fim do período chuvoso 2024/2025 – que começou em 27 de setembro e vai até o fim de março –, a população mineira já acumula danos diretos superiores aos verificados durante toda a estação anterior. Medida mais dramática dos efeitos negativos de precipitações mais intensas, as 26 mortes registradas até ontem (31/1) no boletim diário da Defesa Civil Estadual equivalem a mais de quatro vezes os seis óbitos listados em 31 de janeiro de 2024, número que se manteve até o fim da temporada de chuvas passada.

Desabrigados e Desalojados

As mortes não foram a única tragédia. O número de desalojados desde setembro chegou a 3.580 em todo o estado, o que representa um aumento de 26,6% em relação aos 2.833 de todo o período chuvoso anterior e de 82,5% na comparação com os 1.960 desalojados até 31 de janeiro de 2024. O número de desabrigados – pessoas que precisam recorrer a abrigos públicos – também aumentou, passando de 172 para 421, um crescimento de 145% em apenas um mês.

Cidades em Situação Crítica

A situação é alarmante em diversas cidades. Dez pessoas morreram em Ipatinga, no Vale do Aço, devido a deslizamentos e afogamentos. Outras mortes foram registradas em Ipanema (três) e Raul Soares (duas). Municípios como Uberlândia, Maripá de Minas, e Coronel Pacheco também contabilizaram óbitos, somando um total de 26 mortes até agora.

Estados de Emergência e Calamidade Pública

Até o momento, 139 municípios decretaram estado de emergência ou calamidade pública, em decorrência das chuvas, superando os 102 do período anterior. A Defesa Civil está mobilizando esforços para atender às demandas e auxiliar as populações afetadas.

Ações da Defesa Civil

A fim de garantir a segurança da população, a Associação Mineira de Municípios (AMM) tem realizado webinários de capacitação em conjunto com a Defesa Civil, visando orientar os gestores sobre como responder em situações de emergência. Um consórcio foi proposto para permitir uma abordagem mais eficiente e cooperativa nas ações de prevenção.