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Cacique Raoni pede a Lula que não incentive exploração de petróleo na Amazônia
Às vésperas da COP30 em Belém, líder indígena anuncia encontro com Lula para tratar da proteção das terras indígenas e do meio ambiente
O cacique Raoni, líder indígena kayapó reconhecido pelo seu disco labial tradicional, reafirmou sua determinação em pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não incentive a exploração de petróleo próxima à Amazônia. Em entrevista à AFP, concedida em seu instituto de defesa das comunidades originárias em Peixoto de Azevedo, Mato Grosso, Raoni anunciou que receberá Lula em sua terra em breve, antes da realização da COP30, que acontecerá em novembro, em Belém do Pará.
Denúncias e compromissos
Raoni é conhecido por denunciar ameaças sofridas pelos povos indígenas, como o desmatamento e o garimpo ilegal, e já levou essas denúncias a líderes mundiais. Ele destacou que irá solicitar ao presidente que abandone o megaprojeto oficial para exploração de petróleo na Margem Equatorial, uma área marítima próxima da costa amazônica que vem recebendo críticas de ambientalistas. Além disso, o cacique relembrou a promessa de Lula, feita durante sua posse em 2023, de avançar na demarcação das terras indígenas para garantir a sobrevivência desses povos e a preservação da maior floresta tropical do planeta.
Impactos das mudanças climáticas
Sobre as mudanças climáticas, Raoni relatou que seu povo tem sido cada vez mais afetado pelo desmatamento, contaminação dos rios e enchentes que prejudicam a produção de alimentos. Ele pediu a compreensão dos não indígenas para que reconheçam as consequências da destruição da natureza e ressalta a importância da proteção ambiental para a sobrevivência conjunta.
Visita e perspectivas
Embora tenha se mudado para Peixoto de Azevedo para cuidar da saúde, Raoni sempre viveu em Metuktire, aldeia de cerca de 400 habitantes às margens do rio Xingu. A visita de Lula está prevista para o início de abril, segundo autoridades locais, ainda sem confirmação oficial do governo. Durante o encontro, Raoni pretende tratar da demarcação das terras indígenas que ainda não foram oficialmente reconhecidas, reafirmando seu apoio ao presidente para garantir o bem-estar dos povos indígenas.
Outros posicionamentos
Em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Raoni declarou: "Bolsonaro tem um problema na cabeça. Não pensa bem, nem é uma boa pessoa, com olhar humanitário. Vi a notícia de que ele pode ser preso e apoio totalmente."